Na mesma pedra
Ceará e Fortaleza vão para a última rodada, carregando o sentimento de terem tropeçado na mesma pedra: o empate. E pelo mesmo placar: 2 x 2. O favorito Leão não dobrou Ferroviário; o favorito Ceará não dobrou o Tigre. Desta vez o Tiradentes não foi gatinho manhoso. Mostrou as unhas e complicou o adversário. Frustração no Pici; frustração em Porangabuçu. Consequência: a possibilidade que mais os alvinegros e tricolores temiam poderá acontecer: confronto entre ambos nas semifinais. Aí, se for o caso, um ficará fora da próxima Copa do Nordeste.
Privilégio
Icasa não depende de ninguém para ser primeiro: basta ganhar do Fortaleza. Mas a tarefa não será fácil. Valerá muito a experiência e matreirice do técnico Francisco Diá. Ele há surpreendido nas horas mais complicadas.
Interdependência
Horizonte, Guarany de Sobral e Tiradentes. Cada um de olho no destino do outro. Mas, dos três, Horizonte é o único que não depende de terceiros. Guarany, no Junco, de olho no Moraisão; Tiradentes no Moraisão, mas de olho em Sobral. Grande rodada.
Fórmula
Boa é a fórmula que mantém vivo o interesse do torcedor até a última rodada. A atual pegou bem. A indefinição dos primeiros lugares e a luta pela vaga final deixaram seis, dos oito times, na expectativa. Aí o apelo ao público é maior.
"Há jogadores que, pelo desempenho, a torcida já sabe que ganharam a titularidade. É o caso de Lulinha, que cresceu na competição".
Leandro Campos
Técnico do Ceará
Nivelamento
Os recentes resultados mostram que não há grande separação de nível entre as equipes que disputam o atual certame. Tiradentes segurou o Ceará. E o Ferroviário, atolado em problemas, quase bateu no Fortaleza. Não há aquele time muito superior aos demais. Há alguns mais organizados, mas nada tão superior em campo.
Critério
Impossível, pois, prever alguma coisa na rodada de amanhã. Mas a história há mostrado que no seu alçapão, no Pici, dificilmente o Fortaleza é batido. E, no Estádio do Junco, o Guarany, mesmo quando perde, dá muito trabalho. Quanto a Tiradentes x Horizonte, o campo neutro de Maranguape nivelará mais ainda.
Convivência
Mais uma vez solicito ao secretário da Copa, Ferruccio Feitosa, a atenção dele para buscar melhor convivência entre os cronistas e os agentes da empresa que administra o Castelão. O relacionamento azedou. E tudo por questiúnculas que poderiam ser resolvidas numa boa. Mas tudo é difícil quando a sensatez cede lugar ao autoritarismo.
Recordando. Na década de 1970, a equipe de esportes da Ceará Rádio Clube passou por transformações. Halmalo Silva foi trabalhar em Salvador. A direção da emissora arrendou o departamento à dupla Vilar Marques e Chico Rocha. O coordenador era Marleudo Lopes. Faz anos não vejo Marleudo. O plantonista Sousa Filho também deu seu recado nos Associados. Não sei como foi a composição, mas quem também na época trabalhou na Ceará Rádio Clube foi o comentarista Celso Martinelli. Eu deixei a Ceará Rádio Clube em 1983, mas desde 1981 já prestava serviços à Rádio Verdes Mares. Então passei definitivamente para o Grupo Edson Queiroz, onde permaneço até hoje. Foi inesquecível e proveitosa a experiência nos Associados.