Barrado no Castelão
Voz inigualável. Narração precisa. Nas décadas de 1950 e 1960, Jorge Cury foi um dos ícones da narração esportiva brasileira. Quando ele chegava ao Maracanã, a reverência de todos, dos porteiros às autoridades. À sua passagem, as portas iam sendo abertas. E Cury seguia adiante, recebendo os cumprimentos dos funcionários. Hoje, no Castelão, o contrário: os cronistas são alvo de grosserias e incompreensões. Não se quer dos administradores de agora portas abertas. O cronista pede apenas respeito, critério justo. Cronista não vai se divertir: vai trabalhar. Pelo modelo atual, até Jorge Cury, se ressuscitasse, seria barrado no Castelão. Que vergonha!
Reuniões
Na época da reforma do estádio, os cronistas, então tratados com distinção, eram sempre chamados para divulgar a velocidade das obras. Hoje, a empresa que administra o Castelão não cuida de oferecer aos cronistas o mesmo tratamento que Ferruccio Feitosa dava na época da reforma. Está tudo muito estranho.
Educação
Os funcionários do Castelão devem ser rigorosos no cumprimento de suas obrigações. Concordo. Mas precisam também ter sensibilidade e educação. A maioria tem fracassado nesses itens. E parece não receber a devida orientação. Há nítido despreparo dos que são selecionados. Resultado: os conflitos estão aumentando.
Na chuva
Cito mais um fato incrível acontecido no Castelão. Após jogo Ferroviário 2 x 2 Fortaleza, já com quase ninguém no estádio, o técnico Sérgio Alves, gripado e com febre, foi obrigado a dar entrevista sob chuva, embora ao lado houvesse uma sala desocupada. Os repórteres da TV Verdes Mares e da TV Diário pediram a compreensão do funcionário do estádio para que a entrevista fosse feita nessa sala. Mas o funcionário, insensível, impediu. E Sérgio, embora doente, deu a entrevista sob a chuva mesmo. Que belo “respeito” humano!
Mais uma comenda. O artista e piloto (muito piloto) Waldonys será agraciado hoje com o título de Membro Honorário do Esquadrão Rumba, por iniciativo do Cel.Av Cláudio David, cmte. da Unidade. A solenidade, sob a responsabilidade do cmte. da Base Aérea de Fortaleza, Cel. av Marcondes Fontenele, acontecerá às 10 horas desta manhã, no pátio da própria Base.
Até o presidente
Como é que se coloca para trabalhar num estádio como o Castelão funcionário que não conhece sequer o presidente da Federação Cearense de Futebol? Por aí já se observa o descaso absoluto de quem está gerenciando essa parte. Mauro Carmélio, presidente da FCF, foi barrado no Castelão. Preciso dizer mais alguma coisa? Claro que não. Isso basta.
“Prato Castelão”
O ex-jogador Solimar, no seu restaurante, criou o primeiro prato culinário que tem nome de estádio da Copa: é o prato “trio Arena Castelão”. Contém três linguiças, carne do sol c/ queijo coalho, macaxeira cozida e manteiga da terra. O cliente é recebido por garçons vestidos de árbitro de futebol. O prato, tipicamente cearense, é feito em panela de barro.
"Precisamos ter equilíbrio e frieza para decidir. E isso nós não tivemos. Está de parabéns o Ferroviário que, mesmo não almejando mais nada, agiu com dignidade”.
Hélio dos Anjos
Técnico do Fortaleza, no site do clube