Clássico de alternativas
O Ceará ganhou mais uma, mas sofreu risco até de tomar a virada, não fosse a grande atuação de Fernando Enrique. Nos primeiros quinze minutos, Leão mandou. Ceará reagiu, equilibrou. E criou as duas melhores chances: uma com Mota; outra com Lulinha. Na fase final, Leão novamente começou incisivo. Mas veio a expulsão de Esley e o panorama mudou. Ceará cresceu. Fez 1 a 0 (Lulinha) e poderia ter ampliado com Magno Alves. Expulsão de Eric igualou o número de atletas. Fortaleza subiu todo com as entradas de Edinho e Jailson. Teve chances de empatar e virar o jogo, mas erros de conclusão e a barreira Fernando Henrique não permitiram. Placar justo teria sido o empate.
Destaques
Pelo Ceará, Lulinha. Não só pelo gol da vitória, mas pela ótima participação em lances de grande perigo. Mota fez bela partida. Magno Alves teve bons momentos. /// Pelo Fortaleza, Marinho Donizete, a despeito do gol que perdeu. Esley estava muito bem, mas levou azar na expulsão. Grande partida fez o zagueiro Charles, o melhor do Leão.
Arbitragem
Luzimar estava bem. Mas começou a complicar na expulsão de Esley. Vicente e Esley travaram disputa forte. Ambos com perna alta e força além da necessária para exercer o controle do lance. Luzimar poderia, usando de sensatez, ter feito advertência verbal séria aos dois. O jogo depois daí tornou-se ríspido. E disso as outras expulsões.
Observações
Entendi a preocupação de Leandro Campos: ao ver Mota "amarelado", temeu a expulsão do atleta e o substituiu. Mas taticamente beneficiou o Fortaleza que, com uma preocupação a menos, subiu todo e criou problemas para o Ceará. Feia a discussão de Mota com o técnico /// Não sei como Hélio dos Anjos deixa no banco Edinho. Deveria ter entrado quando Lúcio contundiu-se. Não foi assim. Mas na reta final, quando Edinho entrou, o Leão cresceu muito de produção. /// A propósito de Hélio, mais uma expulsão. Fica ruim para a imagem do treinador. Calma!
Recordando
1969. Trio do Tiradentes. A partir da esquerda: Luiz, Marcelo Rocha e Mano. Foto batida no Campo do Onze Veloz (Campo do Pio). Marcelo Rocha, anos depois, foi supervisor do Tigre. Mano brilhou como ponta-direita do Fortaleza e do Ferroviário. (Colaboração do saudoso Jurandy Neves).
O melhor
Fernando Henrique garantiu a vitória no clássico. Três notáveis defesas no segundo tempo em conclusões de Marinho Donizete e Edson Santos (duas vezes). Redimiu-se das falhas cometidas no jogo contra o Ceilândia. Fernando há superado dificuldades. Merece ser mais compreendido pela torcida.
Título
Grande vitória do Icasa sobre o Guarani (3 x 0). Verdão mais líder do que nunca, agora com 22 pontos obtidos em 10 jogos. Romarinho, Adalgísio Pitbull e Juninho Potiguar fizeram a festa. O Verdão ganha moral em busca do tão sonhado título. E o técnico Diá vai confirmando sua frase: "Sou como novela das oito: presto mais nos últimos capítulos".
"Pelas circunstâncias do jogo e pela situação que estamos vivendo, este empate tem o sabor de vitória. E pode ser o início de uma retomada".
Sérgio Alves
Técnico do Ferroviário (satisfeito, após estancar a sequência de oito derrotas seguidas)