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Arbitragem: erro tem limite

São normais os equívocos de árbitros e auxiliares nos jogos de futebol. Mas não são normais e aceitáveis quando esses erros passam a ser seguidos e frequentes, gerando desconfianças gerais. Como não ponho em dúvida a honestidade dos integrantes do quadro de árbitros da FCF, tenho que admitir a incompetência de boa parte. E, portanto, a urgente necessidade de reformulação. Reciclagem poderia ser o caminho. Mas certamente a exiguidade de tempo não traria resultados imediatos ao atual certame. A situação é grave. O Ferroviário queimou sete árbitros. O Guarani/J queimou o quadro inteiro. A comissão de arbitragem precisa ser mais incisiva nas punições. Como está não dá.

É bom

O atacante Dico, do Tiradentes, continua mostrando futebol de elevada qualidade. Aliás, foi dele um dos gols mais bonitos do campeonato. Será que, quando terminar o certame estadual, algum time grande daqui fará proposta ao jogador ou deixará que ele siga novos caminhos como geralmente acontece no futebol da gente?

Velhos tempos

A elogiável campanha do Horizonte no atual certame tem tudo a ver com a participação do veterano goleiro Jefferson. No jogo em Juazeiro do Norte, ele fez verdadeiros milagres. Jefferson a todos surpreende. No atual certame, cometeu falhas sim, mas seus acertos são muito maiores. Está no rol dos melhores.

Pena de morte

A Corte do Egito foi ao extremo: condenou à morte por enforcamento 21 torcedores que provocaram a tragédia no estádio de Port Said em 2002, quando houve 74 mortes. Outras cinco pessoas foram condenadas à prisão perpétua e 19 torcedores condenados à reclusão. Nesse último caso, as penas variam de um a 15 anos. E aqui em Fortaleza, até quando os torcedores desafiarão as autoridades? Não digo seja decretada no Brasil a pena de morte para situações assim, mas já está passando da hora de adotarmos tolerância zero e punições graves.

Evolução

Nunca esqueci o futebol que Lulinha, atualmente no Ceará, mostrou aqui no PV quando pelo Bahia ele mesmo "engoliu" todo o Vozão. O Lulinha, agora pelo Ceará, ainda não tinha repetido atuação tão brilhante. Mas seu belo trabalho diante do Tiradentes deu sinais de que está se soltando e não tardará a repetir a façanha que eu vi. Evoluiu mesmo.

Síndrome

O Vasco da Gama, que conheci vitorioso e sabendo se impor nas decisões na década de 1950, hoje é motivo de galhofa porque acumula títulos de vice em profusão. A síndrome do vice se estabeleceu em São Januário, virando complexo permanente. Perder título é comum, mas perder decisão como o Vasco perde é mesmo motivo de piada.

Recordando. 2001. O polêmico atacante Zezinho e o atacante Jairo Lenzi quando defendiam o Ceará Sporting Club. Detalhes: Zezinho tinha muita qualidade. Era driblador e finalizador dos bons. Brilhou também no Vasco da Gama do Rio de Janeiro. Gostava de imitar Romário até na maneira de andar e de falar.

´´Não suportamos mais tantos erros recorrentes da arbitragem contra o Guarani. Faz cinco jogos que nós somos roubados. Já nos tomaram 15 pontos. Não dá para continuar".

Luciano Basílio
Diretor de futebol do Guarani/J