Duplo fracasso
O Ceará criou situações. Ricardinho mandou bola na trave. O Asa segurando. A impressão era de que a vitória do Ceará seria questão de tempo. Mas o tempo foi passando e nada. Embora um pouco melhor na fase final, o Ceará não saiu do 0 a 0. Perto do fim, Léo Gamalho, sim aquele mesmo que dera muito trabalho em Arapiraca, fez 1 a 0. Despejou uma tonelada de preocupação e desesperança nos ombros dos jogadores do Ceará. A cada minuto, a descrença passou a ganhar corpo. E acabou confirmada. De positivo, a presença da torcida que lotou o Castelão. O Asa teve personalidade. Fez o que lhe cabia. Venceu. Agora, nada mais de clássico maior. Foi triste. Um duplo fracasso.
Grave erro
Não posso tirar o mérito do Campinense, que teve suas virtudes, mas também não posso silenciar sobre o grave erro do árbitro Nielson Dias que acabou influenciando no placar e, claro, decidindo o jogo a favor do time paraibano. Não houve o pênalti. A falta de Jackson Silva em Glebson foi fora da área. O árbitro pernambucano errou feio.
Carreata
Bela festa teve o time do Horizonte no retorno para casa. O triunfo do Galo (vencedor da fase) deu-lhe vaga na Copa do Brasil, um carro 0k e dois pontos de bonificação. Além disso, o significativo feito coincidiu com a comemoração do 26º aniversário de emancipação do município. Virou festa única. E merecida.
Frustração
A eliminação do Fortaleza pelo Campinense foi duro golpe. A torcida sentiu a frustração, pois tinha a vantagem do empate. É verdade que o pênalti inexistente, convertido em gol para o Campinense, contribuiu para o insucesso do Leão. Mas temos de reconhecer: o Fortaleza jogou mal. Além disso, Jackson Caucaia, Donizetti e Assisinho perderam chances incríveis. A rigor, o Leão começou a perder a vaga foi no Castelão, quando permitiu que o Campinense reduzisse o placar com gol de Ricardo Maranhão. Já ali se observou espanto e desânimo.
Recordando
1958. Garrincha, com a Taça Jules Rimet, ao lado de Didi. Foto batida pouco depois de o Brasil ter sido campeão do mundo na Suécia. Garrincha carinhosamente aninhava a taça como se faz com uma criança. Anos depois, a desídia da CBF permitiu que ladrões roubassem e derretessem a taça. Incrível.
Lição
O técnico Oliveira Canindé levou o Campinense à decisão da Copa do Nordeste. Merece elogios. Ele é o único treinador cearense que tem título brasileiro: campeão da Série D. Mesmo assim, não é aproveitado aqui. Levou para lá atletas que times daqui descartaram: Thiago Granja, Panda, Dedé e Bismarck.
E fez a festa. Bela lição.
Notas & notas
Atacante Giancarlo, do Ferrão, foi mesmo o grande destaque desta etapa primeira do Campeonato Cearense. /// O atacante Maciel, do Guarany de Sobral, cresceu muito de produção na reta final da fase concluída. Foi um dos responsáveis pela reação do Bugre. A propósito, marcou um golaço na virada sobre o Ferroviário (3 x 2) no Junco.
"O começo do Horizonte no campeonato foi complicado. Mas conseguimos nesta última etapa o nosso objetivo: a primeira colocação definitiva".
Roberto Carlos
Técnico do Horizonte, vencedor da fase classificatória