Carnaval alvinegro na Bahia
Jamais a torcida do Ceará esperava a aplicação de tamanha goleada. Na terra de Ivete Sangalo e Daniela Mercury, quem comandou fez Carnaval foi o Ceará: 4 a 1 no Vitória. No primeiro tempo, o Vozão contou com boa dose de sorte, pois apresentou sérias falhas na defesa. Mas, a partir dos 20 minutos, com o gol de Magno Alves, a história do jogo começou a mudar. Magno feliz na conclusão. Ainda que Nino tenha mandado bola na trave do Ceará, a resposta foi fulminante com o gol de Rafael Vaz. O desespero mudou de lado. Na fase final, o Vozão controlou a situação. Em sete minutos, Eric e Pinto mataram o jogo: 4 a 0. O Vitória diminuiu, mas ficou nisso. Festa alvinegra no Barradão.
Observações
O melhor do Ceará foi o meia Ricardinho. Ele comandou o Ceará. Fernando Henrique também esteve brilhante. Mas o triunfo não pode encobrir senões acontecidos: a defesa bateu cabeça em vários momentos. Sofreu bolas na trave e Fernando salvou outras. O técnico Ricardinho corrigiu, fazendo entrar Marlon.
Inesquecível
Tarde/noite inesquecível para os cearenses. Ceará e Fortaleza saíram daqui como que antecipadamente eliminados. O Ceará então, pela diferença dos dois gols, iria só cumprir tabela. O Leão diante um Santa no Arruda superlotado, dificilmente ganharia. A reviravolta de ambos provou que futebol é fantástico porque imprevisível.
Frevo do Leão
O Fortaleza também fez a festa em plena terra do frevo. Mas quem "dançou" foi o Santa. O Leão teve força, raça, para superar adversidades. Tomou logo um gol aos quatro minutos: Dênis Marques. Duro golpe. Conseguiu se recompor. Reagiu. Madureira empatou. João Carlos fez defesas portentosas. Na fase final, no momento crucial, pênalti para o Santa: João Carlos pegou. Nos minutos finais, Madureira perdeu o gol do classificação. Lance seguinte: Assisinho mostrou como se faz. O Santa ficou lá: "dançou". O bravo Leão voltou classificado.
Herói
A serenidade de Assisinho ao marcar o gol da vitória revelou a diferença a favor do atleta que está acima da média no trato com a bola. Um minuto antes ele vira Madureira mandar para fora a bola da classificação. Resultado: Assisinho sabia que não poderia errar. Caprichou. Finalização perfeita. Evitou a intervenção do zagueiro e tirou do alcance de Tiago Cardoso.
Show do Ferrão
Ferroviário líder. Não tomou conhecimento do Maracanã e encaixou 5 a 0. Além do baile coral, a especial atuação de Giancarlo que marcou três tentos e alcançou a marca de onze gols. Verdade que tem o Horizonte na cola. E mais: o Galo com um jogo a menos. Cada vez mais sólido o trabalho de Gilson Maciel no comando técnico coral.
Os gols são consequência de um trabalho. Eles vão acontecendo normalmente como resultado de um trabalho em grupo. É assim que funciona no Ferroviário".
Giancarlo
Centroavante coral, artilheiro do campeonato
Recordando. 1971. Encontro de cronistas esportivos na sede da AABB em Juazeiro do Norte. A partir da esquerda:a radialista Dalva Mendonça, narrador Juciê Cunha (pai do narrador Antero Neto e do repórter Juciê Cunha Filho), jornalista Assis Sobreira, narrador Carlos Alencar e o comentarista Wilton Bezerra. (Arquivo do antigo Foto Sousa). (18tb0305)