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Restou uma frustração

Imaginei o Castelão lotado na reabertura, posto que na rodada dupla estavam quatro dos mais tradicionais times do Nordeste. Restou certa frustrada. É preciso que as autoridades reflitam sobre a resposta do público. Algo espantou os torcedores. Quanto ao jogo Ceará 1 x 0 Bahia, houve bons e maus momentos. O Bahia esteve melhor até quando Cleberson fez 1 a 0. Pouco antes, Ryder mandara o recado ao perder grande chance. A reação alvinegra esbarrou em duas bolas na trave: uma na finalização de Vicente e outra na conclusão de Ricardinho, ambas de longa distância. Destaque para Fernando Henrique protagonista de defesa monumental. A rigor, o empate teria sido mais justo.

Evolução

Gostei do jogo Fortaleza 0 x 0 Sport. Alternâncias de predomínio e oportunidades. A pegada tricolor melhorou sobremaneira. Mas o Fortaleza pecou nas finalizações. Jailson e Assisinho perderam chances claras de gol. Mas gol mesmo quem perdeu foi Rafinha. O time de Vica progrediu no conjunto. Deixou animadores sinais de evolução.

Apagão

O Fortaleza mais presente no primeiro tempo. Esley, Lucas, Marinho Donizetti, Jailson e Assisinho passaram a impressão de que o Fortaleza ganharia. Mas, no início da fase final, deu um apagão no Fortaleza. Aí Felipe Azevedo e companhia criaram as melhores situações. Depois o tricolor reequilibrou. O empate foi justo.

Recordando

Década de 1990. Estádio Abilhão, em Quixadá. A partir da esquerda: Valmir Araújo, Val, Zé Preguinho, ? . Detalhes: Val foi goleiro do Quixadá. Zé Preguinho atuou como zagueiro em vários times. Na época da foto ele era treinador Seleção de Quixadá, campeão da Copa dos Campeões do Estado do Ceará. Preguinho morreu muito moço. (Do álbum de Val).

Estrela no peito

Os Torquato deixaram o Guarany, mas jamais será apagado da história o legado que a família deu ao futebol cearense. Não há quem arranque da camisa do Bugre a estrela do único título brasileiro conquistado por um time alencarino. A apoteose dessa conquista teve como baluarte Luiz Torquato. Sei que ele teve também suas falhas, seus equívocos. Cometeu excessos e até atos tresloucados. Mas tudo na defesa do Guarany. Hoje, página virada. Passou. Impossível, porém, separar as imagens: Torquato e Guarany, juntos para sempre.

Sofreguidão

Apesar dos senões, o jovem time do Ferroviário segue em frente. Gilson Maciel tenta corrigir. A vitória de virada sobre o Guarany foi importante, mas restou uma preocupação: nos minutos finais, o time sempre cede e aceita pressão. Isso leva torcedores ao desespero. Muitos saíram do PV antes do fim do jogo porque não suportaram tanto sofrimento.

Praça da Cruz

Logo no começo da tarde de ontem, as brigas de torcidas revelaram que ainda está longe o tempo de um armistício duradouro. Pior ainda: esperar comportamento civilizado dessa gente é utopia. Nem o nome da praça, lembrando a cruz que leva a reflexão, inibiu os que teimam em fazer do futebol instrumento de guerra. Absurdo.

Frase

"Para mim, foi muito difícil abandonar algo que fiz com tanto amor e carinho e que foi a razão da felicidade de minha vida durante anos a fio" Luiz Torquato - Ex-presidente do Guarany/S