Há algo inusitado e que deve ser acompanhado com atenção no futebol brasileiro: a crise em vários times que, há algumas décadas, eram imbatíveis e intocáveis. Assim estão na Série B Nacional Vasco da Gama (6º), Botafogo (12º) e Cruzeiro. Com um detalhe: o Cruzeiro, (vice-lanterna) na zona de rebaixamento, pode cair para a Série C. Importante observar também que na Série A, dois dos chamados grandes também estão na zona de rebaixamento: São Paulo (17º) e Grêmio (19º). Portanto, são cinco times que tinham cadeira cativa na elite, mas hoje experimentam grande instabilidade e destino incerto.
Havia o convencimento de que time grande, quando rebaixado, passava apenas um ano na Série B, pois logo retornava ao prestígio da Série A. Agora não há tanta convicção sobre isso. Outro fato interessante: as atuais colocações na Série A. Antigamente, as primeiras 12 posições pertenciam aos chamados times grandes do Rio (4) São Paulo (4), Minas Gerais (2) e Rio Grande do Sul (2). Hoje, Fortaleza, Bragantino, Athletico-PR, Ceará, Atlético-GO e Bahia ocupam seis das doze vagas. As outras seis estão com Palmeiras, Atlético-MG, Flamengo, Fluminense, Santos e Corinthians. Nítida, portanto, a metamorfose. O crescimento do futebol cearense é bem significativo.
Confissões
Quando Rogério Ceni foi demitido do Flamengo, houve manifestações que o deixaram desconfortável. O analista do Flamengo, Roberto Drummond, disse que “Ceni é uma pessoa ruim”. O ambiente estava deteriorado. E o Mngo só tropeçava. Bastou Renato Gaúcho assumir, logo o Flamengo voltou a vencer e a ter alegria interna. Teria o grupo boicotado Ceni? Impossível afirmar, mas…
Nordestinas
Repercute muito o feito da maranhense de Imperatriz, Rayssa Leal, de apenas 13 anos, prata na prova de skate street na Olimpíada de Tóquio. Na Olimpíada de Londres, em 2012, a piauiense de Teresina, Sarah Menezes, então com 22 anos, foi ouro no judô. A cearense Shelda Bedê, foi duas vezes prata (2000, em Sydney; 2004, em Atenas). Shelda, creio, é a única nordestina com duas medalhas olímpicas.
Campanha
O Fortaleza experimenta excelente momento. Mais que a posição no G-4 (terceiro colocado), está chamando atenção a qualidade do futebol de alto padrão apresentado. Depois do clássico diante do Ceará no próximo domingo, o Leão enfrentará no Allianz Parque o líder da Série A, o Palmeiras. Imprevisível o que o Fortaleza poderá aprontar.
Dois pontos
O Ceará, lógico, faz ótima campanha. É o sétimo colocado. Tudo bem. Não caberia, pois, reclamação, principalmente se a campanha for comparada com as dos anos anteriores. Entretanto, as críticas resultam de observação simples: o Vozão deixou de ganhar jogos que estavam praticamente garantidos. O de Cuiabá foi um deles. Empate é resultado enganador porque o time ganha um ponto, mas deixa de ganhar dois.