Coluna Tom Barros

Copa do Mundo e eleições

Muitos temas serão destaque neste ano que está começando, mas dois ocuparão espaços especiais: a Copa do Mundo e as eleições. O êxito da Canarinho renderá frutos ao governo? Pode ser. Se ganhar a Copa, logo a imagem do time vitorioso será associada à política dominante. Mas ainda assim há algumas ponderações. A Copa, com os holofotes internacionais, também poderá ser campo fértil para a oposição promover protestos. Essa disputa fora dos campos exigirá perspicácia porque faca de dois gumes.

Incômodo

Em março de 2012 o secretário da Fifa, Jérôme Valcke, criticou o governo brasileiro pelo atraso nas obras da Copa: "O Brasil precisa de um chute no traseiro", disse. Houve reação. Mas ainda hoje há obras atrasadas. É a parte negativa da imagem.

Sempre assim

É comum, independente do regime, o governo tentar trazer para si parte do sucesso da Canarinho em campo. O tri da Seleção Brasileira no México em 1970 foi bem explorado pelo governo militar, então comandado pelo presidente Garrastazu Medici.

Penta

Em 2002, o presidente Fernando Henrique também tentou unir a imagem da Canarinho pentacampeã à imagem de seu governo. Ele até sorriu e aplaudiu Vampeta que, dando cambalhotas, desceu a rampa do palácio.

A bola da vez

As inaugurações de estádios já são bem exploradas pelo governo como prova de sua capacidade de realização. Fora alguns contratempos, o aspecto positivo há prevalecido como no caso do Castelão, primeiro a ficar pronto. Motivo de festa para Dilma Rousseff, Cid Gomes, Roberto Cláudio, Aldo Rebelo e Ferruccio Feitosa.