A turma da frente
Tenho dito repetidas vezes que o Ceará precisa ganhar dos times que, na classificação, estão à sua frente. O alvinegro deixou passar as duas recentes oportunidades, quando empatou com o Paraná (4º) no Castelão (1 x 1) e com o Chapecoense (2º) em Santa Catarina. Nos dois casos, esteve com a vitória nas mãos, mas a desperdiçou. Hoje, pega no Castelão o América/MG, que também está à sua frente (7º). É a terceira oportunidade consecutiva para ir afastando do caminho os concorrentes. Se assim não for, o Vozão reduzirá demais as possibilidades de chegar ao G-4.
Turma detrás
Ganhar da turma detrás também vale três pontos, mas não tira do caminho o perdedor porque este, claro, já está atrás. Ganhar da turma da frente (chamam isso de jogo de seis pontos) tem significação especial porque não permite que o concorrente abra distância.
Do G-4
Pela tabela, o próximo adversário integrante do G-4 que o Ceará enfrentará será o Sport/PE (dia 9/11). Antes, fora do G-4, América/RN e Atlético/GO. Depois, dos que lhe estão à frente, só jogará com Avaí (12/11) e Palmeiras (23/11).
"Desde que aqui cheguei tenho trabalhado para alcançar o ritmo dos meus companheiros. Estou bem, estou feliz".
Dinelson
Meia do Ceará
O Icasa na vez
São Caetano na zona de rebaixamento. Icasa de olho no G-4. Diferença de campanha, de pontuação, de perfil. O Icasa num período vencedor. O São Caetano num período crítico. O Verdão pensando em subir. O São Caetano, em não cair. Ainda assim, melhor o Icasa ignorar tudo isso. Time perto da degola também se torna perigoso.
Apoio
Vejam bem: o Icasa perdeu Carlinhos, o melhor ala do futebol cearense na ocasião. Sentiu nos primeiros momentos, o que era e é natural. Mas o apoio dado ao Teles foi e está sendo fundamental para não haver comprometimento no setor. Time unido é assim. Daí a continuidade do trabalho e a vitória sobre o Palmeiras. E a vida continua.
Consciência
O Icasa não pode relaxar porque está livre do rebaixamento. Já que está tão próximo do G-4, lute mais, ouse mais. Se conseguiu com méritos elevar-se ao quinto lugar, por qual razão não poderá sonhar mais alto. Será um feito inédito. Entendo a prudência do técnico Sidney Moraes, mas no íntimo ele sabe que seu time tem potencial para chegar lá.
Missão. Nesta importante missão de chegar à faixa classificatória, quem tem sido importante é o goleiro Fernando Henrique. Contra o Chapecoense, foi o grande destaque, com defesas impressionantes, Fernando está numa fase excepcional.
Recordando. Hoje, lembrei do volante Luciano Frota, que brilhou no futebol e também no futsal na década de 1960. Faz tempo não vejo esse meu amigo de tantos anos. Luciano foi campeão cearense pelo América em 1966 e pelo Fortaleza em 1967. Também foi vice-campeão da Taça Brasil pelo Fortaleza em 1968. No futsal, Luciano foi campeão sul-americano pela Seleção Brasileira e campeão brasileiro pela Seleção Cearense. Luciano Frota formou-se em medicina. É ortopedista. Na decisão da Taça Brasil de 1968, diante do Botafogo, ele atuou nos dois jogos, aqui no PV e no Maracanã. O time do Leão foi: Gilberto, William, Zé Paulo, Renato e Luciano Abreu; Joãozinho e Luciano Frota; Lucinho (Mimi), Mozart, Erandir e Aloísio (Amorim). Técnico: Caiçara.