Espirro, tosse, coriza, febre, disenteria, “moleza” etc. São diversos os sintomas de doenças que se aproveitam de uma queda no sistema imunológico. Para evitar a redução do poder das defesas, favorecendo o ataque de infecções, existe uma série de hábitos e de alimentos que ajudam a aumentar a imunidade baixa.
Formado por um conjunto de órgãos, tecidos e células, o sistema de proteção atua como uma espécie de barreira, combatendo a “entrada” de agentes patogênicos, como vírus, bactérias e fungos, no organismo. O endocrinologista Rodrigo Neves lista alguns sinais que indicam que a imunidade está agindo normalmente.
“Indicadores de boa imunidade incluem recuperação rápida de infecções, baixa frequência de doenças e resultados saudáveis em exames que medem componentes do sistema imunológico, como níveis adequados de glóbulos brancos. Contudo, a avaliação da imunidade é complexa e deve ser feita por profissionais de saúde através de exames específicos e avaliação clínica”, lista.
O que pode causar queda das defesas
É importante ressaltar que ficar doente não significa que o sistema imunológico está baixo. Na verdade, isso significa apenas que, no momento inicial, o corpo não pôde conter a infecção, mas que ele irá combatê-la e exterminá-la.
No entanto, quando o paciente passa a ficar doente com frequência ou demorar para se recuperar pode significar que está com a barreira de proteção fragilizada.
Segundo Rodrigo Neves, há uma série de hábitos que favorecem a queda das barreiras. São eles:
- Dieta pobre e desbalanceada;
- Consumo excessivo de álcool e cigarro;
- Insônia;
- Estresse crônico e não gerenciado;
- Sedentarismo.
Como aumentar a imunidade
Para fortalecer o sistema imunológico, o endocrinologista lista uma série de ações:
- Ter uma dieta equilibrada — uma alimentação rica em frutas, verduras e grãos integrais, fornece vitaminas, minerais e antioxidantes essenciais para o funcionamento do organismo;
- Praticar exercícios físicos — fazer atividades regularmente pode melhorar a circulação sanguínea e a função imunológica;
- Evitar a obesidade;
- Sono adequado — dormir por uma quantidade menor de tempo pode prejudicar a função imune. A Associação Brasileira do Sono (ABS) indica que um adulto, acima dos 18 anos, deve dormir mais de sete horas por dia;
- Reduzir o estresse — técnicas como meditação e mindfulness podem ajudar a reduzir os níveis de estresse;
- Não fumar;
- Evitar consumo excessivo de álcool.
O médico explica que ter uma rotina saudável favorece o sistema de proteção a longo prazo. No entanto, também há ações simples que podem gerar resultados em um curto período.
Melhorar a imunidade rapidamente é desafiador, pois o sistema imunológico responde melhor a mudanças sustentadas no tempo. Contudo, garantir hidratação adequada, dormir bem, e consumir alimentos ricos em vitaminas C e D, zinco e antioxidantes podem oferecer algum suporte imunológico a curto prazo.”
Proteção durante período de chuvas
Além das situações citadas, Rodrigo Neves frisa que durante a temporada de chuvas — época que costuma ter maior circulação de viroses — é necessário manter outros cuidados específicos. São eles:
- Lavar as mãos frequentemente;
- Evitar locais fechados e aglomerados.
Como fortalecer imunidade de crianças
O especialista explica que para manter o sistema imunológico de crianças equilibrado é necessário seguir as práticas descritas acima, além de manter as vacinações em dia, conforme orientações pediátricas.
“Fomentar estes hábitos saudáveis desde cedo pode ajudar a estabelecer uma base sólida para a saúde imunológica a longo prazo.”
Alimentos e vitaminas que ajudam a imunidade
O endocrinologista detalha que uma dieta balanceada desempenha um papel crucial para manter o sistema de proteção funcionamento normalmente. Pacientes que possuem deficiências nutricionais podem ter imunossupressão, se tornando mais suscetíveis a doenças.
Rodrigo Neves explica que uma dieta diversificada, que inclui, principalmente, frutas e verduras, favorece a saúde. As vitaminas A, C, D e E são compostos aliados do corpo e, segundo o especialista, podem ser encontradas nos seguintes alimentos:
- Frutas cítricas e vermelhas;
- Folhas verdes escuras;
- Nozes;
- Sementes;
- Peixes gordurosos;
- Gema de ovo;
- Alimentos fermentados, como iogurte e probióticos.
Além de estarem presentes nesses insumos, os nutrientes podem ser encontrados na versão sintetizada e podem ser suplementados. No entanto, o médico desaconselha a automedicação.
“Suplementos de vitamina C, vitamina D e zinco são frequentemente recomendados para suporte imunológico, especialmente se houver deficiência desses nutrientes. No entanto, é importante consultar um profissional de saúde antes de iniciar qualquer suplemento, para garantir sua necessidade e segurança”.