O cenário de incertezas que rondava a realização das Olimpíadas, em Tóquio, entre 23 de julho e 8 de agosto de 2021, parece ter mudado. O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), em carta aberta ao movimento olímpico, já desassociou a realização ao surgimento da vacina contra a Covid-19, apesar das boas perspectivas de que a imunização esteja disponível até lá.
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A organização dos Jogos elaborou medidas de restruturação do evento para adaptação à nova realidade. Uma das alterações seria a redução de bastidores - entre 10% e 15% de pessoas a menos nos espaços. Além disso, outras 50 medidas fazem parte do chamado “Modelo Tóquio”, que prevê ações que devem ser implementadas para que as Olimpíadas aconteçam de forma segura. A ideia é que as adequações sirvam de modelo para Jogos seguintes, em um cenário pós-Covid.
Enquanto a organização faz os ajustes e busca alternativas para garantir a realização, atletas seguem em preparação para o ápice na carreira de qualquer esportista. Muitos países já voltaram a realizar competições, mesmo que sem público, no Brasil, por exemplo, o vôlei foi pioneiro nessa retomada.
Duas frentes vêm sendo adotadas no país, desde eventos “bolha”, até campeonatos que mantiveram viagens, como é o caso do Brasileirão de futebol, mas vêm lidando com as consequências - uma delas é o surgimento constante de casos de contaminação pelo novo coronavírus entre atletas e comissão técnica.
Fora do País, disputas vêm acontecendo em diversas modalidades e com participação de brasileiros, como o Campeonato Francês de Maratonas Aquáticas, realizado no último domingo (27) e vencido por Ana Marcela Cunha. A baiana está se destacando na temporada europeia e chegou ao quarto pódio em um mês. No masculino, o representante do Brasil, Allan do Carmo, ficou com o 12º lugar.
No judô, os resultados também estão sendo positivos. Na Taça Internacional Kiyoshi Kobayashi, competição organizada pela Federação Portuguesa de Judô, no sábado (26), foram 16 medalhas para equipe brasileira, que conquistou o primeiro lugar geral.
Em tempo de adaptações, o esporte se reinventa, e compreender a importância dessa ferramenta em um momento mundialmente complicado é peça e pode ser chave para driblar as adversidades que muitos vêm enfrentando.
Voltar a acompanhar os ídolos em quadra, campo, água, tatames ou qualquer plataforma é incentivo e alternativa para quando manter a mente (além do corpo) sã é saída. Daí a importância dessa retomada, mas sem deixar de lado os cuidados com os protocolos, que devem ser prioridade.