O secretário de Cidades do governo Camilo Santana, Zezinho Albuquerque, está querendo evitar conflitos neste momento. Filiado ao PDT, o ex-presidente da Assembleia Legislativa, tem o filho, deputado federal AJ Albuquerque, como presidente estadual do PP.
"Estamos ajudando a construir o País (em Brasília). E aqui estamos ajudando o governador Camilo Santana a construir o Ceará. Não é momento de falar em política. Política é só no próximo ano. Vamos deixar pra depois. O momento é de trabalho".
O secretário, evidentemente, tem influência sobre o partido no Ceará. Por isso, fala como líder. Nacionalmente, o PP, que já é aliado do governo Bolsonaro, está prestes a assumir a Casa Civil, o principal ministério da gestão federal.
No fim desta semana, circularam informações de que Bolsonaro poderia migrar para o partido, o que pode significar uma mudança para os alinhamentos. Isso, por enquanto, é descartado por ele.
Nos estados, a linha de atuação do chamado centrão, muitas vezes, não obedece ao alinhamento com o que ocorre em Brasília. Tanto que no Ceará, o PP é aliado importante do grupo governista comentado por PDT e PT.
Aliados de Bolsonaro no Ceará, entretanto, ensaiam uma cobrança por alinhamento destas siglas por conta dos espaços dados pelo presidente na esplanada dos ministérios. O problema é que, no momento, Bolsonaro depende muito mais do centrão do que o centrão dele.