O senador Cid Gomes (PDT) minimiza os conflitos gerados na relação PDT-PT pelas declarações críticas do irmão Ciro Gomes ao ex-presidente Lula. Em entrevista a esta Coluna, o parlamentar disse que o próprio ex-presidente confessou a ele que as reações de Ciro são típicas de quem está tentando se contrapor a quem está “na frente”.
“Eu digo sempre a mesma coisa que o próprio Lula disse a mim: que se estivesse na posição de Ciro, estaria fazendo o mesmo (críticas ao oponente)”, declarou o senador ao ser questionado sobre o que dizia aos petistas ao ser questionado sobre os constantes ataques de Ciro a Lula.
Segundo ele, a “forma” como faz a crítica é uma questão de “perfil do Ciro”, mas reforçou que isso não interfere no interesse do PDT em manter uma aliança no Ceará.
O partido firmou posição de manutenção da aliança em reunião da executiva do Partido, no início da tarde desta segunda-feira (7), em Fortaleza. Além do PT, a prioridade de aliança, segundo anunciado, era com os partidos que já compõem o arco de aliança, que inclui PP, PL (que será chamado ao diálogo, mesmo tendo filiado o presidente Bolsonaro), MDB (de Eunício Oliveira), PSB, PSDB, além de aguardar o resultado da fusão entre PSL e DEM, para criação do União Brasil.
Um dos destaques da fala de Cid foi o apoio à possível candidatura de Camilo Santana ao Senado, à qual o senador considerou como de “pleno apoio” pelo PDT. Cid reforçou, porém, que a decisão sobre renúncia é pessoal do governador. “Claro que essa questão é pessoal do governador. Ele é que vai definir juntamente com sua família. Se ele for candidato, terá todo nosso apoio”, reforçou.