A definição do candidato governista ao Palácio Abolição, embora os entendimentos comecem nesta segunda-feira (28), não deve ser concluída imediatamente. Este é o início do processo de definição que deve ser concluído entre a primeira e segunda semana de julho, conforme já sinalizaram os líderes do grupo.
Diante do clima tenso entre aliados, que teve seu auge no dia 15 de junho com o encontro regional do PDT em Fortaleza, a antecipação da definição do candidato se tornou um imperativo para o grupo que costuma deixar o fechamento de questão para o último dia do calendário de convenções partidárias. Neste ano, este dia é 5 de agosto.
As divergências entre os aliados do largo arco de apoio ao governo do Estado desde a eleição de Cid Gomes, em 2006, apressou o processo de definição.
Recentemente, o próprio Ciro Gomes já sinalizou esse prazo da primeira quinzena de julho para a definição. André Figueiredo, presidente estadual do partido, foi outro a declarar o início de julho como prazo para a definição.
Além dos pré-candidatos, dirigentes de partidos aliados também serão ouvidos antes do anúncio da chapa majoritária. Ainda há dúvidas sobre a manutenção da aliança entre PDT e PT, por exemplo.
Divergências internas
Por envolver muitas lideranças, o processo de escolha dos candidatos ao Executivo sempre deixou arestas entre os aliados, mas nada comparado à guerra de bastidores que teve início em abril deste ano.
Conforme abordamos nesta coluna recentemente, será uma missão difícil para o comando tomar a decisão sem deixar sequelas entre os aliados, diante dos fatos que ocorrem neste período de pré-campanha.
E a antecipação do processo de definição é uma clara tentativa de começar a curar as feridas e manter a base coesa, qualquer que seja a escolha mais a diante.