Com a chegada da última semana de campanha eleitoral, antes da votação no primeiro turno das Eleições 2022, que ocorrem no domingo, dia 2, partidos e candidatos à Câmara dos Deputados intensificam não só a agenda de campanha, mas as contas para tentar ter um panorama de como será a composição da bancada cearense, que tem 22 vagas.
Já destacamos nesta coluna a grande quantidade de candidatos ao cargo de deputado federal – mais de 400 – o maior das últimas eleições no Estado. Isso ocorre por diversos fatores.
Na reta final, esta coluna ouviu analistas para tentar ter um prognóstico de como deverá ser a dança das cadeiras em Brasília. Neste momento, há diversas listas circulando nos bastidores. Cada partido tenta inflar seus números com a perspectiva de animar os candidatos no momento decisivo.
Evidentemente, qualquer número neste momento aponta apenas caminhos para compreender a correlação de forças. Naturalmente, o resultado só teremos após a divulgação dos boletins de urna, divulgados após a conclusão da votação.
A análise do momento envolve uma série de variáveis como o potencial de votos dos principais candidatos, a composição das chapas, que contribui para que o partido possa atingir a votação suficiente para alcançar o quociente eleitoral e garantir as cadeiras. Além da influência de cada partido e das campanhas majoritárias que podem influenciar no chamado voto de legenda.
Em uma análise ponderada, esta coluna chegou aos números, reforçando que indicam tendências. Uma ponderação importante neste caso é a diferença em relação a Eleição de 2018, quando era possível formar coligações proporcionais, o que reduzia o tamanho do peso para cada partido na disputa. Juntos, se tornava mais fácil as legendas chegarem aos números.
Números por partido
Assim como aconteceu em 2018, o PDT desponta como o partido com reais possibilidades de fazer a maior bancada. A perspectiva é que o partido faça 5 deputados federais. No último pleito foram seis eleitos.
Entretanto, um ponto que deve se diferenciar da última eleição geral é a correlação de forças entre as legendas. Se em 2018, o partido fez o dobro de cadeiras do segundo com melhor desempenho, que foi o PT, desta vez ele briga é com concorrentes que têm perspectivas robustas.
Pelas contas, o PL, do presidente Jair Bolsonaro, aparece brigando com o PDT. Os indicativos apontam para quatro deputados federais eleitos pelos liberais, brigando ainda por uma possível quinta vaga. Ainda como PR, o partido elegeu apenas um deputado em 2018, o que aponta para um crescimento forte.
Ainda na comparação com o último pleito, o PT elegeu três federais, ficando com a segunda maior bancada naquele ano. Desta feita, a expectativa é que a legenda repita as três vagas, mas em empate com partidos como União Brasil e PSD.
Partidos como MDB e PP devem repetir o desempenho do último pleito com uma cadeira conquistada, cada. E o Republicanos aparece integrando a lista dos eleitos.
Os destaques negativos são PROS, que elegeu dois parlamentares em 2018, e agora aparece sem representantes. Assim como o Solidariedade, que também perderia a cadeira conquistada no último pleito.
Outra diferença visível é a redução do número de partidos com representatividade. A queda seria de 14 para 9 legendas, fruto das dificuldades após o fim das coligações.
Prognósticos para a eleição de deputado federal 2022 - Ceará
- PDT - 5
- PL – 4 (podendo chegar a 5)
- PT - 3
- UB - 3
- PSD - 3
- MDB - 1
- PSB - 1 (Podendo não eleger nenhum representante)
- REP - 1
- PP - 1
Resultado oficial da Eleição 2018
- PDT - 6
- PT - 3
- PROS - 2
- PP - 1
- PV - 1
- MDB - 1
- PTB - 1
- SD - 1
- PSD - 1
- PSB - 1
- PSDB - 1
- PSL - 1
- PATRIOTA - 1
- PR - 1
Influência das coligações majoritárias
Na conta em questão, a coligação majoritária liderada por Roberto Cláudio (PDT), elegeria a maior bancada com 8 ou 9 parlamentares.
Na sequência, aparece a candidatura de Capitão Wagner com um número semelhante de membros, com, ao menos, 8 deputados.
A chapa liderada por Elmano de Freitas, por sua vez, teria a eleição de 5 deputados de partidos coligados na majoritária.
Este cenário indica que o novo governador eleito, muito provavelmente após a disputa no segundo turno, terá que dialogar e promover uma articulação mais robusta para manter uma bancada aliada coesa no parlamento nacional.
Composição das chapas majoritárias mais compatitivas
Roberto Cláudio - PMN / PATRIOTA / AGIR / PMB / PDT / PSD / PSB / PSC / DC - Prognóstico de vagas: 8 ou 9
Capitão Wagner - PODE / AVANTE / PL / REPUBLICANOS / PTB / PROS / UNIÃO - Prognóstico de vagas: 8 ou 9
Elmano de Freitas - Federação Brasil da Esperança - FE BRASIL (PT/PC do B/PV) / PP / MDB / PRTB / Federação PSOL REDE (PSOL/REDE) / SOLIDARIEDADE - Prognóstico de vagas: 5