O ex-deputado federal Capitão Wagner, presidente estadual do União Brasil, marcou para o dia 28 de fevereiro sua exoneração do cargo de secretário de Saúde de Maracanaú. A partir de março, Wagner vai mergulhar em Fortaleza, onde é pré-candidato a prefeito, mas também está de olho nas articulações no Interior.
Wagner tem o trunfo de ter dois bons resultados nas urnas em Fortaleza nas últimas duas eleições: para prefeito, em que ficou em segundo lugar, e no pleito para governador, em que foi o mais votado na Capital.
Nas pesquisas de opinião, Wagner está bem posicionado em todas as sondagens, mas ele sabe que tem desafios consideráveis. O primeiro deles é em relação a formação da aliança. No espectro político da direita e centro-direita, neste momento, há três pré-candidatos declarados. Além de Wagner, Eduardo Girão (Novo) e André Fernandes (PL) já anunciaram as pretensões.
“Eu tenho conversado com todo mundo. Conversei, inclusive, com eles (Girão e André). Mostrei que um possível cenário de três candidaturas pode levar a gente ficar fora de um eventual segundo turno. Sei que todos têm direito de se achar viável como candidato, mas minha disposição é de conversar sempre e de encontrarmos um acordo”, diz o presidente do União Brasil.
Um trunfo para a formatação da aliança, avalia ele, poderá vir da conjuntura nacional. “Haverá algumas capitais em que os outros grandes partidos vão querer o apoio do União Brasil. E a direção nacional poderá compor esses acordos tendo em vista o cenário nosso aqui em Fortaleza”, avalia.
Chapas de vereador
Outra questão relevante é a montagem da chapa de candidatos a vereador. O partido terá o número máximo: 44 candidatos. Atualmente, apenas Julierme Sena é vereador de mandato pelo partido. Na última eleição, o grupo de Wagner estava filiado ao PROS.
O presidente considera que há a possibilidade de atrair outros vereadores com mandato e promete que a chapa terá nomes competitivos para a disputa.
Um último ponto desafiador para todos os pré-candidatos em Fortaleza é a pulverização de candidaturas de partidos que podem ser competitivas nas urnas. Até o momento, além do União, o PDT, PT, PL e Novo já anunciaram a intenção de candidatura própria.
Neste cenário, a busca por aliados, recursos do fundo eleitoral e tempo de propaganda em rádio e VT será bem mais concorrida.