Após contaminação, presidente Bolsonaro tem chance de mudar de atitude sobre a Covid-19

Em passagem pelo Ceará, o chefe do Executivo cumpriu um manual de como não se portar na pandemia

Quando esteve no Ceará, no dia 26 de junho, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) seguiu à risca um manual de como não se portar em meio à pandemia do coronavírus. Aliás, ele vem fazendo isso desde o início - por opção política. Primeiro, gerou aglomerações. Depois, distribuiu abraços, inclusive um foi no prefeito de Juazeiro do Norte, Arnon Bezerra (PTB). Retirou a máscara várias vezes e a manuseou de maneira inadequada.

Não é pouca coisa. Boa parte das pessoas espelha o seu comportamento no dos líderes. De acordo com os especialistas, são remotas as chances de Bolsonaro ter sido contaminado no Ceará. Não é isso, entretanto, que está em jogo. No dia, a região do Cariri, onde esteve o presidente, era um dos maiores focos da doença no Ceará. Esta coluna deseja, evidentemente, plena recuperação ao presidente. É oportunidade para que ele encare a pandemia de uma forma diferente a partir de agora.

Alerta

No início da semana em que o presidente esteve no Ceará, o governador Camilo Santana (PT) procurou o ministro Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo, para expor a situação da Covid-19 no Cariri. Apresentou alguns dados e pediu para que o ministro sensibilizasse o presidente Bolsonaroa evitar a viagem naquele momento por conta dos riscos de aglomeração. A região estava em 'lockdown'. O próprio Camilo relatou o fato a este colunista na entrevista publicada no último domingo (5). Independentemente de a contaminação do presidente ter a ver ou não com o Ceará, o governador estava certo em fazer o apelo.

Contraponto

Após publicação da edição de ontem desta coluna, que abordou a forma como o PT tratou o ex-deputado Nelson Martins no processo de escolha do candidato, o ex-presidente do PT em Fortaleza, Deodato Ramalho, contactou este colunista para dizer que Nelson "nunca fez qualquer postulação junto ao partido" sobre pré-candidatura. Segundo ele, o PT municipal soube pela imprensa da exoneração de Nelson e não foi procurado para tratar do tema.

Investimentos

O pós-crise do coronavírus exigirá investimentos públicos e privados para a retomada do crescimento econômico e das arrecadações públicas. O tema, inclusive, será alvo de embates entre candidatos nas eleições municipais. Será fundamental conhecer as propostas dos candidatos para a área.

O prefeito Roberto Cláudio, que não concorrerá neste ano, vai tratar do importante tema no evento virtual de lançamento da plataforma TrendsCE que terá a presença de representantes do setor produtivo, como o presidente da Fiec, Ricardo Cavalcante, e o secretário de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues. A plataforma é focada em análises, tendências de mercado e mineração de dados para investimentos. O lançamento será hoje às 19h por meio do youtube.

Coordenador definido

O senador Luís Eduardo Girão (Pode) será o coordenador da campanha de Capitão Wagner (Pros) à Prefeitura de Fortaleza. O senador já iniciou os trabalhos promovendo um encontro entre Wagner e o executivo Geraldo Luciano que desistiu recentemente de concorrer ao Paço pelo Partido Novo. Wagner quer Geraldo colaborando na elaboração do plano de governo. As tratativas estão em andamento.