O deputado federal cearense André Figueiredo volta, neste ano de 2022, a ocupar a liderança da bancada do PDT na Câmara dos deputados e terá um ano de muitos desafios pela frente.
Além da defesa das pautas de interesse do partido na Casa, André volta ao posto em um ano eleitoral complicado, com votações polêmicas na Casa e na oposição ao governo Bolsonaro, quando o presidente tentará reeleição.
Presidente estadual do PDT no Ceará, Figueiredo também deverá conduzir o partido para um pleito eleitoral em que tenta, formando uma ampla aliança, voltar a governar o Estado do Ceará.
Além disso, a posição de destaque no Congresso Nacional poderá ser estratégica para os interesses de um correligionário dele aqui do Ceará: Ciro Gomes, pré-candidato do partido à Presidência da República.
Embora haja apoio internamente à candidatura presidencial, há membros do partido que pressionam a direção nacional por a campanha de Ciro ainda não ter decolado, estando geralmente em terceiro ou quarto lugar, após a entrada de Sérgio Moro no cenário pré-eleitoral.
Unidade na bancada
A liderança de André Figueiredo na bancada pode ser importante neste trabalho de manter coesa a bancada pedetista para defender a candidatura própria. No ano passado, a votação da PEC dos Precatórios dividiu a bancada e causou constrangimento ao comando nacional da Legenda.
Ciro Gomes chegou a suspender sua candidatura se os parlamentares da sigla que votaram a favor da proposta não mudassem de ideia, entre a votação do primeiro e segundo turno da proposta.
Perfil parlamentar
Esta será a sexta vez que o cearense ocupa o cargo de liderança do Partido (2012 a 2014, 2015, 2017 a 2019) no Congresso Nacional. Filiou-se ao PDT em 1984.
Atualmente, além de presidir o PDT no Ceará, exerce a 1ª vice-presidência nacional do partido.
No cenário político nacional, o parlamentar também foi ministro das Comunicações no governo Dilma Rousseff (2015).