Turistas nacionais e estrangeiros que visitam Fortaleza todos os dias estão saindo daqui com muito boa impressão da cidade, do seu povo, de suas praias, de sua gastronomia, de sua rede de hotéis, restaurantes e bares, e, também, da boa performance de seus operadores turísticos, que são fonte deste comentário.
A multidão de visitantes que diariamente passeia pela cidade revela que 100% dos turistas classificam como horrorosa – do ponto de vista estético e da mobilidade urbana – a área do entorno da Catedral Metropolitana e do Mercado Pública. Eles a consideram um verdadeiro “caos urbano”. Os que transitam por ali a bordo de táxi são os mais revoltados com a confusão reinante que atrapalha o vai-e-vem de veículos e pedestres.
Um operador turístico contou à coluna que um trio paulista – pai, mãe e filha menor de idade – procedente de Ribeiro Preto tentou comprar roupas numa das ruas daquela multitudinária região. Eles, com medo, retornaram ao táxi, que os levou para um shopping popular na Avenida Filomeno Gomes, no Jacarecanga, nas proximidades da Escola de Aprendizes Marinheiros. Lá, em boa segurança, saciaram seu apetite pela moda cearense.
O que se passa hoje no centro comercial urbano de Fortaleza é bom motivo para uma dissertação acadêmica. Para começar, há a visível ausência da autoridade tributária; a autoridade policial vê-se de modo muito discreto. É como se ela existisse apenas para dar razão ao preceito constitucional segundo o qual a segurança pública é dever do Estado. Omissa e ausente, a autoridade só observa a livre manifestação dos sonegadores.
Outra observação dos operadores de turismo com os quais esta coluna conversou: as confecções expostas e vendidas naquele feirão a céu aberto instalado e em plena operação na vizinhança da Catedral e do Mercado Central “são de excelente qualidade, têm preços baixos e são disputados por turistas e ‘sacoleiros’. Os primeiros compram em pequena quantidade para consumo próprio; os últimos, porém, como o nome diz, enchem sacolas com roupas masculinas e femininas para crianças, jovens e adultos, vendidas pelo dobro do preço em suas cidades de origem, onde tudo é vendido também sem qualquer nota fiscal.
Esta é a razão pela qual é barato o preço das peças.
As mesmas fontes perguntam: “Por que a Prefeitura de Fortaleza não organiza essa bagunça?”
A coluna não tem resposta, mas argumenta que neste ano eleitoral será muito difícil mexer numa casa de marimbondos humanos em que se transformou a Feira da Zé Avelino, agora – e há um bom tempo – já estendida para os lados da avenida Alberto Nepomuceno, onde está, por ironia do destino, a sede da autoridade fiscal estadual – a Secretaria da Fazenda.
ENERGIA SOLAR JÁ TEM 40 GW DE POTÊNCIA NO PAÍS
O Brasil acaba de fortalecer sua posição de destaque na transição energética global, ao alcançar a marca histórica de 40 gigawatts (GW) de potência instalada operacional da fonte solar fotovoltaica, somando grandes usinas solares e sistemas de geração própria de energia em telhados, fachadas e pequenos terrenos, reporta a Associação Brasileira de Energia fotovoltaica (Absolar).
Segundo a entidade, a participação da fonte solar equivale hoje a 17,4% da matriz elétrica brasileira e contribui cada vez mais para o protagonismo do Brasil na geopolítica de descarbonização do planeta.
Somente neste ano de 2024, o setor solar já adicionou 3 GW ao sistema elétrico brasileiro, ajudando a diversificar a matriz elétrica nacional a suprir a demanda nos horários de maior consumo.
Adicionalmente, pelos cálculos da Absolar, o setor fotovoltaico já evitou a emissão de 48,9 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade, graças à geração limpa e renovável dos atuais 40 GW da fonte solar em operação no País.
De acordo com a entidade, desde 2012, a fonte solar atraiu para o Brasil R$ 189 bilhões em novos investimentos, representou mais de R$ 53 bilhões em arrecadação de impostos federais, estaduais e municipais e criou 1,2 milhão de empregos verdes acumulados.