Ontem, segunda-feira, 26, no seu primeiro pregão da semana, a Bolsa de Valores brasileira B3 fechou em queda de 0,62%, aos 118.242 pontos. O dólar encerrou o dia cotado a R$ 4,76, com um recuo leve de 0,22%.
Contribuiu para a má performance da bolsa brasileira o que está passando na economia dos Estados Unidos, onde a inflação se mantém persistente, o que obrigará o Federal Reserve, que é o Banco Central de lá, a fazer mais dois aumentos na taxa de juros da economia do país. Na sexta-feira, dia 30, será divulgado o índice da inflação norte-americana no recente mês de maio.
Os analistas do mercado financeiro brasileiro explicaram que a queda de ontem da Bolsa B3 se deu, principalmente, pela realização de lucros.
A Bolsa vinha com sucessivas altas e, agora, os investidores, que podem ser chamados também de especuladores, vendem na alta as ações que compraram na baixa.
Hoje, será divulgada, logo pela manhã, a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central, o Copom.
Há uma grande expectativa em relação ao texto dessa ata, que deverá trazer alguma indicação a respeito da taxa de juros Selic, que segue nos 13,75% desde agosto do ano passado.
Essa indicação sinalizará sobre a próxima reunião do Copom, em agosto, quando poderá começar um ciclo de redução da taxa Selic.
Se esta indicação não vier, crescerão as divergências entre o governo do presidente Lula e a diretoria do Banco Central, liderada pelo economista Roberto Campos Neto.
Ontem, o Boletim Focus, do Banco Central, trouxe boa novidade em relação à inflação de 2023, cuja previsão caiu de 5,12% na semana passada para 5,06% nesta semana.
E a projeção da inflação para 2004, que era de 4%, desceu para 3,98%.
Amanhã, haverá reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), que decidirá sobre a meta de inflação, que é de 3% para este e para o próximo ano.
O mercado aposta em que essa meta será mantida, mas admite que o CMN poderá mudar o calendário de medição da inflação brasileira, que, em vez de janeiro a janeiro, passaria a ser de julho a julho, com o que as metas do arcabouço fiscal ficariam mais bem adequadas.
O arcabouço fiscal segue em tramitação no Congresso: ele foi aprovado na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, onde sofreu alterações no texto, o que será nesta semana examinado de novo pela Câmara.