Pequenas e Médias Empresas do Ceará e do Nordeste serão beneficiadas pelo Hub do Hidrogênio Verde do Pecém, segundo disse ontem Jorge Boeira, consultor da Agência Alemã de Cooperação Internacional.
Ele falou durante o primeiro painel do Fiec Summit, um evento promovido pela Federação das Indústrias do Ceará para debater sobre a produção do Hidrogênio Verde e que atraiu para Fortaleza 1.345 cientistas, empresários, investidores, especialistas e técnicos de 18 países.
O Fiec Summit prosseguirá até amanhã à noite, quando será encerrado.
Segundo Jorge Boeira, as pequenas e médias empresas nordestinas – as cearenses no meio – poderão fornecer tubulações e conexões hidráulicas, bombas e válvulas hidráulicas e até membranas para osmose reversa.
Ele disse que só no Ceará já foram identificadas 200 pequenas e médias empresas capazes de fornecer equipamentos para as indústrias que produzirão Hidrogênio Verde no Hub do Pecém.
No mesmo painel, Carlos Costa, economista sênior de Energia do Banco Mundial, disse que sua instituição tem como financiar os projetos de produção do H2V no Ceará, inclusive os de inovação que poderão ser desenvolvidos pela Federação das Indústrias (Fiec) e pela Universidade Federal do Ceará.
Costa que há vários desafios a serem enfrentados pelos que pretendem investir em projetos de produção de Hidrogênio Verde, entre os quais citou o custo dos eletrolisdores. Esses custos – ele disse – deverão ser reduzidos em 50% nos próximos anos.
Essa demora – assinalou o economista do Banco Mundial –poderá levar alguns investidores a postergar seus investimentos, pois, em qualquer negócio há riscos a serem enfrentados.
Por sua vez, Willian Gurlit, da Consultoria McKinsey, mostrou-se otimista com o Hub do H2V do Pecém, citando o que chamou de complementaridade das energias eólica e solar – durante o dia, a energia solar fotovoltaica tem alto índice de aproveitamento, o que, na energia eólica, se registra à noite, razão pela qual há “m custo espetacularmente baixo de geração”.
Gurlit lembrou que foi o Ceará o pioneiro na geração eólica no Brasil, e agora prepara-se para ser um importante protagonista também na produção do Hdrogênio Verde.