Ontem, segunda-feira, 24, foi um dia de festa na Bolsa de Valores, que fechou em alta de 0,94%, aos 121.341, marca que não era alcançada desde agosto de 2021.
E o dólar, por sua vez, fechou o dia cotado a R$ 4,73, com queda de 1%. É a menor cotação da moeda norte-americana nos últimos 15 meses.
A causa da subida da bolsa e da queda do dólar é a entrada de capital estrangeiro na Bolsa de Valores B3. As ações das empresas brasileiras estão baratas.
Até o último dia 20 de junho, segundo a B3, entraram na bolsa US$ 2,79 bilhões. De janeiro a junho, ingressaram na Bolsa US$ 20,4 bilhões.
O que puxou para cima o pregão da bolsa ontem foram as ações da Vale, que encerraram com ganhos de 3,02%, e da Petrobras que subiram 2,09%. Essa subida foi causada por mais notícias vindas da China, onde os preços das commodities minerais – petróleo e minério de ferro – registraram aumento.
Mas as perspectivas para o minério de ferro, no curto prazo, não são boas, porque a economia chinesa ainda patina.
As medidas de estímulo anunciadas pelo governo do presidente Xi Jiping parecem voltadas não para as atividades que consomem aço, mas para o aumento do consumo de automóveis e de eletrônicos. Ou seja, o mercado imobiliário parece não ser prioridade.
E tudo isto tem a ver com a exportação brasileira de minério de ferro.
Atenção! Nesta terça-feira, 25, está subindo o preço internacional do petróleo. Na Bolsa de Londres, o petróleo do tipo Brent, que serve de referência para a Petrobras, está sendo vendido, para entrega em setembro, a US$ 83,02 por barril.
A causa desse aumento é o comunicado do Partido Comunista da China, anunciando que o governo chinês adotará “uma política fiscal e monetária proativa e prudente, mas também otimizará a implementação de cortes nos impostos ou aproveitar ao máximo o papel de ferramentas monetárias quantitativas e estruturais".
Resultado: as bolsas da Ásia fecharam em alta, principalmente as da China: a de Xangai subiu 2,19% e a de Hong Kong,3,94%.
Ontem, em Brasília, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que, para aumentar a arrecadação tributária do governo e permitir que seja alcançada a meta do arcabouço fiscal de zerar o déficit primário em 2024 e obter um superávit primário em 2025, serão extintos os juros sobre capital próprio.
Haddad explicou que muitas empresas deixaram de ter lucro e por isto deixaram de pagar Imposto de Renda. Para isso, elas transformaram, artificialmente, o lucro em juro sobre o capital próprio.
O ministro disse que, no próximo ano, esse juro desaparecerá, e as empresas voltarão a pagar imposto de renda sobre o lucro.