Uma boa novidade cearense na área da tecnologia: a empresa Gram Eollic, do engenheiro Fernando Ximenes, está produzindo os dois primeiros carregadores para veículos elétricos. Eles estarão prontos nos próximos dias e serão instalados na área de estacionamento da loja de uma rede de supermercados e em um posto de combustíveis, ambos em Fortaleza.
Ximenes, que criou, desenhou e produz o equipamento, disse à coluna que o Charger 600 – nome que ele deu à sua invenção – recarrega uma bateria de carro elétrico no tempo de 5 a 15 minutos. Repetindo: tempo de recarga: de 5 a 15 minutos. Se acontecer mesmo, a Gram Eollic terá 100% de chance de conquistar boa fatia de um mercado pelo qual lutam grandes empresas nacionais e estrangeiras. Tudo, então, a conferir.
Há mais informações sobre o Charger 600 fornecidas por Fernando Ximenes: seu equipamento dispõe de um painel digital, display, que permite a leitura de dados sobre o carregamento inteligente, interligado à rede de dados com georreferenciamento, além de um sistema de backup e controles de carga Safe Technology High Quality.
Tem mais: o recarregamento da bateria do veículo elétrico pode ser pago no cartão de crédito ou débito, por meio do Pix ou pela leitura do QR Code.
Um carregador Charger 600 pode recarregar a bateria de dois veículos ao mesmo tempo, inclusive ônibus. Há um painel digital que permite a leitura de dados sobre o carregamento, incluindo o tempo que falta para a conclusão do serviço. O equipamento é interligável a redes de dados.
Ao longo do próximo mês de junho, os dois Chargers 600 estarão em operação nos seus dois primeiros locais – um supermercado e um posto de gasolina.
“Mas o equipamento é ideal, também, para as áreas de estacionamento de condomínios residenciais e comerciais”, diz Ximenes com o entusiasmo de quem acaba de descobrir um filão de negócio ao qual pode aderir o investidor que queira obter uma boa e rápida rentabilidade.
E quanto custará cada carregador Charger 600? Ximenes nem pestaneja, respondendo na bucha:
“Custará R$ 250 mil cada unidade. Cada uma delas estará equipada com dois super cabos Plug-in e seus componentes, o que permitirá o recarregamento simultâneo de dois veículos, ou seja, em 60 minutos poderá ser recarregada a bateria de 12 carros elétricos de qualquer marca”, explicou ele.
Como o segredo é a alma do negócio, Fernando Ximenes, por mais que a coluna o pressionasse, negou-se a comentar qualquer detalhe sobre sua tecnologia, “que é absoluta e exclusivamente cearense”, disse ele com um sorriso nos lábios.
Mas ele forneceu mais detalhes: o Charger 600 tem 2,15 metros de altura, 80 centímetros de largura (a frente do equipamento) e 80 centímetros de comprimento (fundo). “Trata-se de uma supermáquina carregadora de bateria de veículos elétricos”, repete ele para não deixar dúvidas no interlocutor.
O bom do negócio vem agora: Fernando Ximenes assegura:
“O Charger 600 custará bem menos do que uma bomba de combustível, registrando, com 4 recarregamentos por hora – podendo alcançar 12 recarregamentos – uma receita mensal de R$ 216 mil. Ele se pagará em três meses. Ao mesmo tempo, para o usuário do carro elétrico, seu custo de abastecimento ficará em média 20% menor do que o custo do abastecimento a gasolina, diesel ou álcool. Mais: a eletro mobilidade trará benefícios para os empresários que prestarão serviços de abastecimento elétrico ao usuário.
"A rede de postos de combustíveis e a de supermercado, que já aderiram ao projeto, geram sua própria energia solar fotovoltaica. Então, a energia produzida para o Charger 600 será solar. Podemos mesmo dizer que o Charger 600 é solar fotovoltaico e versátil, pois poderá usar, também, a energia da Enel assim como a do Mercado Livre. Hoje, 88,37% da energia gerada e consumida no Brasil são oriundos das fontes renováveis (hidráulica, solar e eólica). Recarregar a bateria de um carro elétrico custará entre R$ 25 e R$ 75, dependendo da carga e modelo do automóvel ou ônibus elétrico. O reabastecimento dos carros convencionais a combustão custa de R$ 250 e R$ 400.”