Energia solar chega a 29 GW de potência instalada no Brasil

Mais de 3,7 milhões de unidades consumidoras já são atendidas pela tecnologia fotovoltaica., seguindo ijfo0rma a Absolar.

Cresce a geração própria de energia solar no Brasil. Ela acaba de ultrapassar a marca de 29 gigawatts (GW) de potência instalada operacional em residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos no país. Agora, mais de 3,7 milhões de unidades consumidoras já são atendidas pela tecnologia fotovoltaica., seguindo ijfo0rma a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).

Segundo mapeamento da entidade, o país tem mais de 2,6 milhões de sistemas fotovoltaicos instalados em telhados, fachadas e pequenos terrenos. Desde 2012, foram investidos R$ 142 milhões, que geraram mais de 870 mil empregos verdes acumulados no período, espalhados em todas as regiões do Brasil, contribuindo com uma arrecadação de R$ 42,3 milhões de impostos aos cofres públicos.
 
A tecnologia fotovoltaica já está presente em 5.545 municípios de todos os estados brasileiros. A geração própria solar em telhados, fachadas e pequenos terrenos ajuda a reduzir custos para todos os consumidores de energia elétrica no País.
 
Para Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da Absolar, o crescimento exponencial da geração própria de energia solar é sinal claro da popularização da tecnologia no território nacional. 

“Analistas de mercado apontam que, apenas em 2023, os painéis solares registraram queda de cerca de 50% no preço médio final, ampliando a atratividade e o acesso por consumidores brasileiros de diferentes perfis. Portanto, trata-se do melhor momento para fazer investimento em sistemas solares em residências, empresas e propriedades rurais. E ainda há um enorme potencial de crescimento do uso da tecnologia fotovoltaica, já que o Brasil tem 92,4 milhões de unidades consumidoras de energia elétrica no mercado cativo”, diz Koluszuk.
 
Recentemente, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) publicou as diretrizes de cálculo dos custos e benefícios da geração distribuída, conforme constam na sua Resolução 2/2024. As determinações sinalizam à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a criação de um mecanismo de tarifação justo, completo e transparente aos brasileiros.
  
Segundo a Absolar, as diretrizes do CNPE atendem a uma determinação da Lei 14.300/2022, que estabelece que todos os benefícios da Geração Distribuída (GD) sejam corretamente identificados, calculados e incorporados no segmento, conforme defendido pela própria associação durante as negociações do marco legal da modalidade.
 
A geração própria solar em telhados, fachadas e pequenos terrenos ajuda a reduzir custos para todos os consumidores de energia elétrica no País. Ao calcular os custos e benefícios da GD, estudo da consultoria especializada Volt Robotics, encomendado pela Absolar, concluiu que a economia líquida na conta de luz de todos os brasileiros será de mais de R$ 84,9 bilhões até 2031.
 
De acordo com o estudo, os benefícios líquidos da geração distribuída equivalem a um valor médio de R$ 403,9 por megawatt-hora (MWh) na estrutura do sistema elétrico nacional (fonte: Volt Robotics, 2023), ante a uma tarifa média residencial de R$ 729 por MWh (fonte: Aneel, 2023) no País.
 
O estudo também foi feito para apoiar a Aneel na construção dos cálculos da GD. Nos últimos meses, a Absolar esteve reunida com a diretoria e com a equipe técnica do órgão regulador e apresentou os resultados desse trabalho.