Economista diz que gestão do S. Francisco deve unir o público e o privado

Para Lauro Chaves Neto, deve ser adotado um modelo que concilie o interesse social do abastecimento humano com o interesse privado do desenvolvimento, viabilizando atividades econômicas.

Escrito por
(Atualizado às 06:33)

Esta coluna abriu o debate sobre a gestão do Projeto São Francisco de Integração de Bacias (PISF), cujas águas chegaram ao Ceará mas não, ainda, ao seu destino final, o açude Castanhão.

A questão é quem terá a gestão do PISF, que modelo de gerenciamento será adotado e quanto custará a água para o consumidor final – pessoa física e jurídica, na cidade e no campo.

Para o economista Lauro Chaves Neto, professor doutor da Uece, deve ser adotado um modelo que concilie o interesse social do abastecimento humano com o interesse privado do desenvolvimento, desde o potencial de geração de energia renovável à utilização da água na viabilização de empreendimentos econômicos.

“Os capitais e a dinâmica do setor privado são fundamentais nesse processo, assim como a participação do Estado, tanto na regulação quanto na promoção do desenvolvimento regional, na redução dos desequilíbrios e na inclusão social a serem obtidos com a dinamização dos territórios no semiárido”, diz ele.

E complementa:

“Nada pode ser feito de improviso. Devem ser definidos parâmetros desse modelo de negócios, o que deveria ter sido feito desde a elaboração do projeto, para em seguido desenharr o formato legal e iniciar a sua execução”.

Lauro Chaves Neto conclui assim:

“As entidades de classe e a sociedade civil precisam pressionar o poder público pela agilidade desse processo, já que o financiamento e a operação do projeto devem ser resultado da soma de esforços e recursos púbicos e privados”.

ALGODÃO

Alô, cotonicultores cearenses!

A Bahia está colhendo sua safra de algodão 2019/2020.

A área plantada alcança 313 mil hectares, dos quais 305 mil no Oeste baiano – uma redução de 5,27% em relação à área da safra anterior.

Estima-se que serão colhidas 1,5 milhão de toneladas, entre pluma e caroço.

A Bahia é o segundo maior produtor brasileiro de algodão, atrás apenas do estado do Mato Grosso.

GRANITOS

Houve uma queda de 22% nas exportações cearenses de mármores e granitos - beneficiados ou em blocos - no primeiro semestre deste ano.

A Itália, principal importador dos blocos, paralisou a importação desde abril; a China, o segundo, só agora retomou as compras, ainda em ritmo lento.

Se a economia dos EUA melhorar neste semestre, será possível alcançar os US$ 25 milhões em vendas de mármores e granitos para o exterior, estima Carlos Rubens Alencar, presidente do Simagran-Ceará.

APODI 

Novidade: a Companhia de Cimento Apodi, parceria meio a meio da gigante grego Grupo Titan com a família cearense Dias Branco, acaba de lançar seu primeiro Relatório de Sustentabilidade.

O documento tem 136 páginas, nas quais conta o que já fez e está fazendo em defesa do meio ambiente.

DEVAGAR

Seguem muito lentas as obras de requalificação da Avenida Desembargador Moreira, desde a Pontes Vieira até a Beira Mar. Se for mantido o seu ritmo atual, essas obras dificilmente estarão prontas no mês das eleições - novembro. A PMF está trocando o asfalto por blocos de cimento.

 Fica mais bonito e custa mais barato.

CLARO NO ESCURO

Sócios, diretores e funcionários do grupo empresarial SM, dirigido pelo empresário e consultor Sérgio Melo, foram surpreendidos ontem com o cancelamento dos serviços de banda larga fornecido pela multinacional Claro (ex-Net).

Essa interdição impediu que a SM, durante quase todo o dia, mantivesse contato com suas dezenas de clientes no Ceará e noutros estados.

Apurou-se, depois, que alguém, passando-se por Sérgio Melo, mesmo sem dizer corretamente o nome da empresa nem seu CNPJ, obteve da Claro o corte da banda larga.

Foi a terceira vez que o fato aconteceu.

A SM Consultoria espera, agora, que a Claro melhore suas rotinas e seus processos internos de atendimento ao cliente.

Quanto ao serviço de banda larga oferecido pela Claro, ele é bom.