De costas para a crise, Senado vota 14º para aposentados do INSS

Com políticos como o autor desse lamentável projeto – cuja chance de aprovação é perto de zero – será difícil, muito difícil, consertar o Brasil.

Por causa da pandemia da Covid-19, o mundo – o Brasil e o Ceará no meio – virou de ponta cabeça. Tudo mudou, a começar da vida das pessoas, que foram obrigadas ao isolamento social para evitar a mais rápida propagação da doença. 

Mudaram também as rotinas e os orçamentos dos governos. 

O da União, mesmo já enfrentando,em janeiro, um déficit orçamentário de R$ 124 bilhões, correu para abrir o cofre do Tesouro, sacando dele uma montanha de R$ 700 bilhões com a qual socorreu estados, municípios e uma multidão de mais de 60 milhões de pessoas desempregadas e ou desassistidas. 

A essa multidão, ofereceu, imediatamente, um Auxílio Emergencial de R$ 600 mensais, que, no auge da crise, manteve o consumo em bom nível. 

Às empresas, permitiu a redução do salário e da jornada de trabalho dos seus empregados. 

E, fechando o pacote, antecipou para abril e maio o pagamento da primeira e para maio e junho o da segunda parcela do 13º provento dos aposentados e pensionistas do INSS, que, consequentemente, não terão o benefício no próximo dezembro. 

Agora, prestem atenção a quantas anda a preocupação do Parlamento brasileiro com a gravíssima situação das contas públicas: 

Tramita no Senado – e deverá ser votado na próxima semana – um projeto-de-lei propondo o pagamento do 14º provento ao pessoal do INSS, sob a alegação de que se trata de uma medida emergencial para acudir uma parcela da população que, enquanto trabalhou, prestou inestimáveis serviços ao País. 

Um discurso demagogo e uma conversa fiada próprios de quem tem nenhum compromisso com o que é sério e austero. 

De onde tirar os recursos necessários para bancar mais essa despesa? 

Com políticos como o autor desse lamentável projeto – cuja chance de aprovação é perto de zero – será difícil, muito difícil, consertar o Brasil. 

E o que, urgentemente, precisa de conserto é um conjunto de muita coisa. 

O pior é que ainda teremos mais dois anos de convivência com políticos desse naipe.
  
IMPORTAÇÃO

Informa o Sindicato da Indústria Gráfica do Estado do Ceará – Sindgrafica - que iniciou articulação com o Centro Internacional de Negócios Carlos Prado (CIN), da Fiec, para viabilizar a importação de insumos utilizados pelas empresas da indústria gráfica cearense.
 
A expectativa é que a parceria das duas partes resulte, para os associados do Sindgráfica, na compra de insumos em grande escala e com preços menores. 

Para Fernando Hélio Martins, presidente do sindicato, a possibilidade de importação – prevista para o próximo ano – revela a força da entidade como balizadora do mercado.

TEREZA CRISTINA

Na próxima terça-feira, 1º de dezembro, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina terá reunião por vídeo conferência com os presidentes de todos os sindicatos rurais do Ceará. 

Promovida pela Câmara Temática do Agronegócio, pelo Encontro dos Produtores Rurais (Eproce)  e pelo Sistema Faec/Senar no Ceará, a reunião começará às 18 horas.
  
BLACK FRIDAY

Chegou, enfim, hoje, a esperada Black Friday – a sexta-feira de ouro do comércio varejista, que espera tirar o atraso das vendas. 

Deve, porém, consumidor ficar atento, principalmente se vai fazer compras pela internet. 

Dê preferência às lojas virtuais conhecidas e comprovadamente sérias, que entregam o que vendem. 

Tem muita fraude travestida de Friday.

COM MEDO

A propósito: cerca de 85% dos consumidores brasileiros afirmam ter medo de fraude na edição de hoje da Black Friday. 

É o que revela pesquisa inédita da Conversion, consultoria e agência de SEO (Search Engine Optimization). 

De acordo com a pesquisa, que ouviu neste mês cerca de 400 brasileiros sobre hábitos de consumo, para a primeira Black Friday com isolamento social, mesmo com previsão de crescimento de 6% na edição deste ano em comparação com o evento anterior, saltando de 84% no ano passado para 90% em 2020, o nível geral de confiança dos consumidores brasileiros ainda é baixo no País.
 
MUNDO SENAI

Hoje, das 9 às 18 horas, o Senai-Ceará promoverá a 12ª edição do Mundo Senai. 

O evento, que será 100% online, apresentará a infraestrutura e os serviços oferecidos pela entidade, que integra o Sistema Fiec.
 
Uma novidade: o Mundo Senai oferecerá neste ano minicursos gratuitos nas áreas de tecnologia, automotiva, panificação, química e supervisão de qualidade.
 
Quem participar do evento receberá certificado.
 
Para participar, eis o link: www.mundosenai.com.br/evento

EMPREGO

Festa na Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Trabalho do Governo do Estado!

Em outubro passado, o Ceará abriu 16.436 novos postos de trabalho, o que o coloca entre os três melhores saldos positivos da região nordestina.

Fonte: Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados ontem, 26, pelo Ministério da Economia.

PRIVATIZAÇÃO

Eis o que disseram os economistas Carlos Kawall, Gustavo Ribeiro e Leonardo da Costa, em comunicado aos clientes de sua Asa Investiments, do Grupo Alberto Joseph Safra: 

"A relevância da agenda de privatizações não está apenas em ser forma de pagar parte da conta da pandemia, mas principalmente por tornar a economia mais eficiente. Em um breve retrospecto histórico, a Vale teve seu valor de mercado aumentado em mais de 10 vezes desde 1997 (em termos reais), enquanto a Eletrobras vale metade do valor que tinha então. Por intermédio de venda de ativos e redução do balanço de bancos públicos, o governo poderia obter receita de até 11% do PIB, eventualmente evitando aumentosde carga tributária. A venda de ativos nunca deve ser vista como a solução do problema fiscal estrutural, mas pode ser importante compensação pontual da deterioração do quadro fiscal, agravado pela pandemia, contribuindo para consolidar, junto com as reformas, a percepção da solvência pública."