CEO da multinacional alemã thyssenkrupp (assim mesmo, com minúsculas), Paulo Alvarenga resumiu a cinco minutos o que deveria dizer em 10 a respeito do “Hidrogênio Verde e suas Aplicações, último painel da manhã de ontem do II Fiec Summit, que ontem se encerrou no Centro de Eventos. Ele foi direto ao ponto:
“A neoindustrialização do Brasil com desenvolvimento Sustentável requer uma clara política de Estado para a economia do Hidrogênio Verde”. E citou-as:
Primeira: Política Governamental, para a qual é requerido algum tipo de isonomia com os EUA e a União Europeia. É necessário criar um mercado doméstico com conteúdo local e, também, linhas de financiamento para a descarbonização de setores estratégicos da economia, como fertilizantes, mineração, papel e celulose e etanol;
Segunda: Dilema da demanda assegurada por regulação. O Brasil precisa estabelecer leilões de demanda de H2V, para o que pode mirar-se no modelo alemão. Será necessária uma regulação para a produção de fertilizantes verdes com vistas a garantir a soberania do agronegócio brasileiro; outra para a produção de combustíveis avançados verdes (metanol verde, diesel verde, querose de aviação verde); mais outra para a adoção de mistura de H2V nas redes de gasodutos e gás natural; e, ainda, a regulamentação do mercado de carbono com metas de neutralidade para setores da economia;
Terceira: Desafios relacionados à energia renovável, sendo necessário expandir a disponibilidade de energia renovável; reduzir os custos de energia renovável; equiparar encargos com autoprodutores; criar um regime especial de encargos de transmissão para a produção de H2V; elaborar um planejamento elétrico dinâmico alinhado com o H2V; e tornar as hidrelétricas como moderadores da base energética.