Ceará importa 25 mil toneladas de castanha de caju da África

Houve uma queda de 25% na safra cearense de caju. A indústria de beneficiamento decidiu importar o produto para cumprir contratos de exportação. E mais: 1) Sindienergia debate licenciamento ambiental; 2) Shopping Riomar ganha mais lojas

Até agora, a guerra na Ucrânia não causou problemas à exportação cearense de castanha de caju, como informa à coluna o jovem empresário Antônio Carneiro, sócio e CEO da Resibras, que se inclui entre as maiores do setor produtor e exportar dessa apreciada e cara amêndoa.

“Mas alguns importantes importadores europeus, por medida de cautela, vêm solicitando antecipação de alguns embarques, o que nem sempre é possível por causa de problemas ligados à logística, os quais se registram desde antes do conflito no Leste europeu”, adianta ele.

As exportações da Resibras mantiveram-se estáveis no ano passado em relação ao anterior 2020, “com uma discreta variação a maior em valor e um pouco mais significativa – cerca de 15% -- em volume, tendo em vista que a safra anterior o permitiu”, completa Antônio Lúcio Carneiro.

Ele faz uma revelação que surpreende:

“Neste ano, a safra está reduzida em cerca de 25%, razão por que o segmento industrial de castanha de caju já contratou 25 mil toneladas de importações a partir do próximo mês de e abril e início de maio quando a nossa entressafra se iniciará”.

Mas a importação de matéria-prima estrangeira, que virá da África e que garantirá o cumprimento dos contratos de exportação, não é o principal problema da indústria de beneficiamento do caju.

“Nossa maior preocupação neste momento está no aumento muito intenso da Taxa de Juros Selic que vem alterando os pregões de câmbio no Brasil, fazendo o real valorizar-se, enquanto todas as outras moedas perdem valor frente ao dólar, mesmo a despeito do possível atraso do FED no processo de normalização monetária, leia-se controle da inflação nos EUA. Há tudo isso e mais o fato de as comodities brasileiras terem subido de preço no mercado internacional e serem um refúgio para o investidor. Não é à toa que as ações das empresas ligadas à commodities têm-se elevado”, comentou o CEO da Resibras.

Antônio Lúcio Carneiro crê que o movimento não parece ser sustentável pois, daqui a pouco tempo, até produtos básicos da cesta básica ficarão inviáveis para o consumidor.

“É preciso ter muita cautela e moderação nestes movimentos”, ele sugere, fazendo, porém, uma advertência:

“Eu indago: será mesmo necessária uma taxa de juros real (básica) de 7% em um país fora da zona de guerra, com superávit fiscal primário, superávit na balança, elevadas reservas cambiais e sólidas instituições financeiras? Creio que, na pandemia, reduzimos os juros em demasia e agora estamos a subir demais. Prevenir é melhor do que remediar. Afinal de contas, o varejo, a construção civil e a indústria podem iniciar uma forte contração antes do que se imagina”, adverte ele.

FESTIVAL DE VINHOS

Em todas as suas lojas de Fortaleza e do interior do estado, a rede Supermercado Pinheiro está a promover um Festival de Massas e Vinhos – algo que tem tudo a ver com a proximidade da Semana Santa.

A promoção durará até o dia 31 deste mês.

MAIS LOJAS NO RIOMAR

Nesta semana, o Shopping RioMar Fortaleza, no Papicu, inaugurou no seu Piso L1 a Império Móveis e Eletro, uma marca pernambucana em expansão.

Ao longo deste ano, serão abertas cerca de 20 lojas, entre elas Amaro, Lindt, HighStill, Nação Rubro Negra e Johnny Rockets.

No RioMar Kennedy, está prevista a chegada de mais seis novas operações, entre as quais Liebe, Aika e Zinzane.

SINDIENERGIA DEBATE LICENCIAMENTO AMBIENTAL

No próximo dia 31, o Sindicato da Indústria de Energia do Ceará (Sindienergia-CE), em parceria com a Fiec e o Sebrae, retomará a realização do “Energia em Pauta”, promovendo a 15ª edição do evento.

Com o tema “Hidrogênio Verde no Ceará: Licenciamento Ambiental Descomplicado”, o evento esmiuçará a resolução de licenciamento ambiental para projetos de Hidrogênio Verde aprovada pelo Coema (Conselho Estadual do Meio Ambiente do Ceará) em fevereiro passado, a primeira do país.

A discussão será transmitida ao vivo, direto do Observatório da Indústria da Fiec por meio do canal do Sindienergia no YouTube.

HAPVIDA: 7,5 MILHÕES DE CLIENTES

No exercício de 2021, o grupo cearense Hapvida que tem hoje 7,5 milhões de clientes, obteve um lucro líquido de R$ 500,5 milhões, dos quais R$ 200,2 milhões apurados no quarto trimestre (outubro, novembro e dezembro).

O balanço da empresa que administra um dos três maiores planos de saúde do país, foi publicado ontem, logo após o enceramento do leilão da Bolsa B3.

O faturamento do Hapvida, no ano passado, bateu em R$ 9,9 bilhões, 15,5% maior do que o obtido em 2020. Dessa receita, R$ 2,6 bilhões foram registrados no último trimestre, com alta de 14,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.