Sem ligar para o que o futuro governo do eleito presidente Lula tem para a empresa, a Petrobras divulgou ontem seu plano estratégico para o período 20232027, que prevê investimentos de US$ 78 bilhões, dos quais 82% serão aplicados na exploração e produção de petróleo, principalmente na área do pré-sal.
Ontem, a Bolsa de Valores B3 fechou em alta de 1,42%, aos 112.486 pontos. O dólar, por sua vez, teve forte queda de 1,59%, fechando o dia cotado a R$ 5,20.
A volatilidade da B3, ontem, teve como causa, de novo, as notícias da política, a principal das quais deu conta de que o presidente eleito Lula não está disposto a ceder na chamada PEC da Transição. O futuro governo quer tirar do teto de gastos R$ 198 bilhões para garantir o cumprimento de promessas de campanha, entre elas o aumento do valor do Bolsa Família, que passará para R$ 600 mensais.
O Congresso, porém, pressionado pelo mercado, acha que esse é um valor exagerado e está propondo algo em torno de R$ 100 bilhões. Como o impasse continua, a Bolsa de Valores mantém o sobe e desce.
No mês de novembro, ontem encerrado, a Bolsa desceu 3,06%, enquanto o dólar subiu, registrando valorização de apenas 0,68%.
A Bolsa brasileira subiu ontem influenciada pelas declarações do presidente do Federal Reserve, o Banco Central dos EUA, Jerome Power, segundo quem as próximas altas da taxa de juros naquele país serão menores do que as previstas.
Os analistas estão prevendo que este mês de dezembro será, também, de volatilidade, até que o presidente eleito anuncie os nomes de sua equipe econômica. Se o próximo ministro da Fazenda for alguém mais pró-mercado, a Bolsa recuperará as perdas. Se o indicado for, ideologicamente, alguém de pensamento estatizante, as perdas na B3 serão ampliadas.