Na última semana, a notícia que o Manchester City estaria banido da Liga dos Campeões por dois anos pegou muita gente de suspresa. O motivo é o sistema de fair play financeiro, lançado pela Uefa em 2009 e que deixou o mercado europeu mais saudável.
O jornalista Rodrigo Capelo, do Globoesporte.com, faz uma explanação extremamente didática e fantástica sobre todos os detalhes do fair play financeiro, que você pode ver clicando aqui.
Dentre as observações, uma inevitável indagação aos cearenses: qual seria a situação de Ceará e Fortaleza se o mesmo sistema europeu fosse adotado no futebol brasileiro?
No exercício, o Alvinegro seria um dos nove clubes da Série A do Campeonato Brasileiro que seriam aprovados, junto de Athletico-PR, Atlético-MG, Corinthians, Flamengo, Internacional, Palmeiras, São Paulo e Sport.
A conclusão foi tomada como base no quesito sobre o patrimônio líquido de cada clube, tendo como base os balanços patrimoniais referentes a 2018, os mais recentes disponíveis.
A maioria dos clubes possui patrimônio líquido negativo – quando dívidas são maiores do que todos os bens, contratos etc. Não é o caso do Ceará, que vem pavimentando um caminho sólido no aspecto financeiro nos últimos anos, com passos relevantes. Fruto da gestão responsável e equilibrada que possui no campo econômico.
No levantamento de Rodrigo, o Ceará aparece com patrimônio líquido de R$ 1 milhão.
FORTALEZA
A situação do rival Fortaleza, entretanto, é um pouco diferente. O Tricolor possui patrimônio líquido de R$ -18 milhões e, neste exercício, não estaria aprovado. Mas é preciso explicar a situação do clube, que não está distante de resolver suas pendências.
Principalmente pelo fato que, em 2019, teve muitos ganhos e deverá apresentar, no próximo balanço, uma situação já mais favorável.
Também pesa o fato que, caso o fair play financeiro realmente seja adotado no Brasil, ele pode: (a) - ter outras regras e/ou (b) - ter um bom período de adaptação antes de haver punições.
Portanto, caso isso de fato ocorra, o Tricolor não terá problemas para se encaixar no perfil exigido.
O exercício, claro, não aponta um cenário definitivo. Mas indica o caminho que deve ser seguido na busca pela maior austeridade possível e que os times cearenses estão traçando de forma muito bem feita.
Reforço o convite: para mais detalhes e melhor compreensão sobre o fair play financeiro, acesse o blog do Rodrigo Capelo.