Como melhorar a autoestima infantil e desenvolver adultos mais confiantes

Dica valiosa: se você quer melhorar a autoestima de seu filho, a primeira coisa que precisa fazer é melhorar a sua própria

Sabemos que nós adultos somos reflexo da nossa infância. Das experiências que vivemos e de tudo que absorvemos da nossa família e entorno. É comum ouvirmos sobre autoestima e bem estar dos adultos, porém, esquecemos o quanto é fundamental investirmos na autoestima dos pequenos.

Estimular a autoestima desde a tenra idade ajuda a construir adultos mais seguros e preparados para lidar com as adversidades da vida.

Uma criança que foi estimulada sobre seu valor de maneira saudável, quando adulto, torna-se uma pessoa com maior inteligência emocional, maior probabilidade de manter relacionamentos amorosos e familiares saudáveis. Naturalmente são mais confiantes, sabem lidar bem com críticas, e se desenvolvem melhor em suas carreiras.

Educar nossos filhos sobre suas potencialidades, pode não ser uma tarefa fácil, porque dependerá de como lidamos conosco, como percebemos nossas falhas, nossa história e nossas feridas.

Com certeza todos nós temos queixas sobre a criação dos nossos pais e cuidadores. Se pararmos para refletir sobre nossa infância, talvez gostaríamos que tivessem sido mais compreensivos, afetuosos ou nos cobrassem menos.

Sempre falo para as famílias que acompanho, se você quer melhorar a autoestima de seu filho, a primeira coisa que precisa fazer é melhorar a sua própria.

Como você está lidando com as dificuldades e adversidades da vida? Como está seu autocuidado? Tudo o que você faz consigo, seus filhos observam e absorvem. Os adultos que estão estressados ou negativos, acabam sem perceber, levando essa energia para as crianças e muitas vezes as machucam com palavras negativas e focando muito mais no que elas fazem de “errado”.

Pilares para melhorar a autoestima infantil

Autoaceitação

Devemos ajudar nossos filhos a apreciar suas características físicas e psicológicas. Aceitar a sua condição seja ela qual for, como também a sua história de vida. Amar a si próprio com suas qualidades e defeitos, independente de qualquer resultado.

Aqui entra a ideia de permitir que nossas crianças errem. Tirar nota baixa em algum momento, fazer algo de errado, ser desorganizado, faz parte do aprendizado. Dê espaço para ele se desenvolver de maneira leve, orientando as escolhas dele. Seja um facilitador desse processo.

Não rotule

Rótulos não ajudam a desenvolver a autoestima. O que devemos fazer é chamar a atenção para a correção do comportamento da criança e não rotular. 

Se quarto está bagunçado, por exemplo, devemos dizer que o quarto está desorganizado e que precisa ser arrumado e não chamar o filho de bagunceiro ou preguiçoso. Rótulos não são saudáveis até quando são colocados em forma de elogios.

Chamar a criança de inteligente ou esperta pode gerar internamente uma pressão ou cobrança nela mesma para que sempre atenda essa expectativa dos pais. É mais saudável focar no esforço da criança em fazer a atividade, elogiar o comportamento de guardar os brinquedos ou o hábito de desenhar e não apenas elogiar dizendo que o desenho ficou ótimo.

Por fim, devemos deixar nossos filhos conscientes de que o nosso amor por eles é incondicional. Independente de suas conquistas, erros ou acertos. Eles não precisam conquistar nosso amor, ele já existe. Assim vão entendendo que não precisam ser perfeitos para ter seu valor e podem seguir sua caminhada de aprendizado com mais confiança. 

Para desenvolver a autoestima das crianças é preciso de tempo de qualidade com os pais. Esteja realmente presente, focado nele, interessado nos problemas e descobertas dele, em cada palavra que ele fala. Nos esforçar para que nossos filhos se tornem adultos equilibrados emocionalmente, na minha opinião, é o maior legado que podemos deixar para eles.

*Este texto reflete, exclusivamente, a opinião da autora