O Ceará anunciou o argentino Lucho González como novo técnico nesta quarta-feira (24). O profissional terá o 1º desafio na carreira como treinador, após ser auxiliar no Athletico-PR, e assinou contrato até o fim do ano - com a renovação em caso de classificação para um torneio internacional.
No processo histórico, será o 6º estrangeiro no comando do Vovô. O trabalho tem desafios, principalmente pelo momento alvinegro, com a queda na tabela da Série A: está em 15º, com 26 pontos.
O cenário é de administração da situação interna, organização tática e de recuperação da confiança do grupo. Os pontos serão determinantes para a evolução do trabalho e a sequência em Porangabuçu.
Desafios de Lucho González no técnico do Ceará
Retorno da confiança
Na avaliação interna, o elenco precisa de confiança e organização para reagir na Série A. Assim, o aspecto mental é o principal desafio do treinador argentino. Com personalidade forte e de liderança quando jogador, a diretoria aposta neste perfil de gestão para recuperar o rendimento do grupo.
A mentalidade vencedora é uma das marcas da carreira do agora treinador, que é o 2º jogador de futebol da Argentina com mais títulos. A meta é posicionar o Vovô na briga por vaga em uma competição internacional.
Desempenho em casa
Com uma das maiores médias de público da Série A, o retorno dos resultados em casa é um dos pontos de ajuste na campanha do Ceará em 2022. Hoje, o time tem o 2º pior desempenho como mandante, superando apenas o Juventude: são 11 pontos em 33 disputados até agora.
A chegada de Lucho na capital cearense está marcada para sexta-feira (26), com o interino Juca Antonello no comando contra o Athletico-PR na Arena Castelão, sábado (27), às 21h. No recorte dos próximos cinco jogos, três são dentro de casa, o que inclui Santos (C) e São Paulo (C).
Ceará como mandante na Série A
- Jogos: 11
- Pontos: 11
- Vitórias: 2 (Corinthians e Avaí)
- Empates: 5 (Flamengo, Coritiba, Atlético-MG, Atlético-GO e Internacional)
- Derrotas: 4 (Botafogo, Bragantino, Palmeiras e Flamengo)
- Gols marcados: 11
- Gols sofridos: 13
Organização tática
O Ceará perdeu a solidez defensiva e a efetividade nas mudanças de comando entre Dorival Júnior e Marquinhos Santos. A formação 4-2-3-1 se tornou a principal no período de mudança, mas a equipe se distanciou da identidade de maior sucesso, com transição em velocidade e a forte marcação.
O modelo de Lucho ainda é uma incógnita pela falta de referência na carreira - o Ceará será o 1º time dele como treinador. Assim, o processo de continuidade é mais complexo, principalmente com a necessidade de recuperar o rendimento, mas o objetivo é retomar o DNA alvinegro. O Vovô deve se reorganizar.
Para isso, Lucho terá uma equipe experiente na comissão: os auxiliares Emanuel Depaoli (ex-seleção do Equador e Estudiantes-ARG) e Walter Scarinci (ex-Nice-FRA e Monaco-FRA), além do preparador físico Diego Giachinno (ex-seleção da Colômbia e Independiente-ARG).
Elenco do Ceará (34)
- Goleiros (4): João Ricardo, Richard, André Luiz e Vinícius Machado.
- Zagueiros (5): Luiz Otávio, Messias, Gabriel Lacerda, Marcos Victor e Lucas Ribeiro.
- Lateral-direito (3): Nino Paraíba, Michel Macedo e Buiú.
- Lateral-esquerdo (3): Bruno Pacheco, Victor Luis e Kelvyn.
- Volantes (5): Richard, Richardson, Fernando Sobral, Lindoso e Geovane.
- Meias (5): Vina, Lima, Léo Rafael, Guilherme Castilho e Diego Rigonato.
- Atacantes (10): Cléber, Mendoza, Zé Roberto, Matheus Peixoto, Iury Castilho, Erick, Dentinho, Jael, Jô e Jhon Vásquez.