A derrota do Ceará para o Goiás passa diretamente pela interferência da arbitragem. Com dois pênaltis muito contestados, o time esmeraldino fez 2 a 1, no estádio Serrinha, e venceu de virada pela 20ª rodada da Série B nesta segunda-feira (12). O discurso de trazer a responsabilidade do placar para um elemento externo não é positivo, mas neste momento se faz necessário.
A partida foi ruim tecnicamente, um fato. Coletivamente, o Vovô também não teve grande produção. No entanto, os gols do Goiás partem, na minha interpretação, de situações erradas e equivocadas.
Isso porque os donos da casa também não tiveram volume suficiente para exigir o goleiro Richard. Em contrapartida, a equipe cearense abriu o placar com uma jogada legítima de Aylon no 1º tempo.
Por isso, a revolta de torcedores e também da gestão do clube, que apresenta uma representação contra o árbitro Wagner do Nascimento Magalhães (RJ) e o árbitro de vídeo (VAR) Thiago Peixoto (SP).
O momento é de assimilar e transformar a indignação em motivação para o próximo compromisso, quando enfrenta o Mirassol na Arena Castelão, na Série B. O jogo ocorre no sábado (17), às 17h.
Lances polêmicos
No 1º pênalti convertido pelo Goiás, o goleiro Tadeu concedeu dois toques no momento da cobrança. Logo, se posicionou para chutar com o pé direito e a bola, na trajetória, acerta também o esquerdo.
Pelo regulamento da IFAB, que rege as regras do futebol mundial, no capítulo 14 sobre tiro penal, na página 128, o documento aponta que “a bola estará em jogo quando for chutada e se mover claramente. O batedor não poderá tocar na bola novamente até que ela tenha tocado em outro jogador”. Em caso de infração, “será concedido um tiro livre indireto”, com posse para o adversário.
Na 2ª penalidade executada por Tadeu, o início da jogada que resultou no pênalti sofrido pelo atacante Thiago Galhardo foi alvo de polêmica, pois o volante Jean Irmer sofreu a falta na origem.
Nesse caso, o mesmo documento indica que o árbitro de vídeo (VAR) deve interferir. Na página 147, sobre o protocolo para o árbitro assistente de vídeo (VAR), no artigo 2, a ferramenta deve revisar uma situação de tiro penal/não tiro penal e identificar se existia uma infração cometida pela equipe atacante na jogada do incidente do tiro penal (toque de mão na bola, falta, impedimento ou etc.).