Os dias finais do Big Brother Brasil em quarentena

Em meio às dificuldades e preocupações dos dias, o reality show se tornou um dos assuntos mais comentados nas redes sociais

Faz dias que não escrevo por aqui. Nas últimas semanas tudo mudou: ficar em casa se tornou obrigação para quem deseja combater de verdade o novo coronavírus. Enquanto isso, os hábitos de vida mudaram, aos poucos, em meio à preocupação com o futuro e às adaptações. Nunca se consumiu tanto o conteúdo da televisão. Se antes as rotinas abarrotadas ou as escolhas pessoais tornavam difíceis os momentos junto à TV, elas agora parecem configurar uma leve mudança nos dias que teimam em demorar.

As mudanças nas programações televisivas também se tornaram realidade. Novelas pausadas por conta da impossibilidade das gravações, reprises de sucesso das telenovelas e séries, pausa também na transmissão dos jogos de futebol, quase um encontro marcado para os admiradores do esporte às quartas e aos domingos. No meio disso, um sobrevivente intacto: a disputa entre os participantes do Big Brother Brasil.

Você que lê esse texto já deve ter passado outras vezes por essa coluna. A vigésima edição do BBB foi assunto por aqui, mas agora o contorno é diferente. Prestes a entrar nos últimos episódios da temporada, o reality viu um movimento diferente dos últimos anos. Na quarentena, ganhou outros públicos: os com saudade do futebol, que acabaram transferindo as torcidas para um participante ou outro e fizeram números espantosos nas redes. Os entediados entre os afazeres de casa e, além desses, os curiosos para entender o assunto que ronda a internet nos últimos dias. Isso, claro, somado ao público fiel, responsável por fazer da edição um sucesso desde o fim de janeiro deste ano.

E não é que o programa parece ter se tornado espécie de alívio para muitos entre o processo de isolamento social? Quase como em um clássico (e você que gosta de futebol, como eu, deve entender do que estou falando), torcidas têm mostrado embates duros para as votações no Gshow e gerado momentos divertidíssimos no Twitter, por exemplo. 

Entretanto, tirando todos esses fatores, o jogo parece ter avançado bastante, com os últimos dias apresentando reviravoltas significativas. Explico abaixo.

Torcidas e cancelamentos

Sobraram, até a publicação desta coluna, Babu, Gizelly, Ivy, Manu, Mari, Rafa e Thelma. No paredão formado no domingo (12) estão três deles. Paizão, Gigi Furacão e Mari Baianinha disputam a preferência do público, confinado em casa assim como os próprios brothers, para chegar à grande final.

Mari, inclusive, teve sorte mais uma vez. Volta a ser coadjuvante na berlinda diante da disputa clara entre as torcidas de Babu e Gizelly. De um lado, os que defendem o carioca com todas as forças e já garantiram a permanência dele em sete paredões, marca digna de reconhecimento. Do outro, os devotados pela capixaba, contando também com o apoio de torcidas como as de Pyong e Marcela, já eliminados.

Essa coluna, deixo bem claro, não é imparcial, caros leitores. A saída de Gizelly é bastante aguardada por aqui, diga-se de passagem. Se no começo do jogo ela chegou a ser uma das protagonistas, do meio para o fim se aliou a personagens como Ivy e Daniel, responsáveis por grande parte do "abuso" adquirido por quem assiste. Caso saia, representa para Ivy uma grande perda e um sinal de que o jogo está longe de ser favorável a elas, como um dia cogitaram.

Nesta terça (14), o destino de Babu pode ficar, inclusive, mais claro. Estaria perto de chegar ao R$ 1,5 milhão ou ainda tem que bater as grandes torcidas dispostas? Enquanto isso, nomes como os de Manu Gavassi e Rafa Kalimann, que unem milhões de fãs, continuam como potências na disputa ao prêmio. Uma incerteza e tanto.

Mais uma vez, não custa dizer: que final de temporada, meus amigos!