Comércio pede adiamento de feriados estaduais do primeiro para o segundo semestre

Intuito é reduzir as chances de aglomerações e dinamizar o comércio

Escrito por Redação ,
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Legenda: Segundo os dados, as mulheres apresentaram maior taxa de endividamento, com 77%
Foto: Helene Santos

A Câmara de Dirigentes Lojistas de Fortaleza (CDL-Fortaleza) enviou pedido ao Comitê Estadual de Enfrentamento à Pandemia do Coronavírus para transferir os feriados do primeiro para o segundo semestre do ano. Caso aprovado, deixam de ser celebrados em suas datas originais o Dia de São José (19 de março), Data Magna (25 de março) e Semana Santa (2 de abril).

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O presidente da CDL-Fortaleza, Assis Cavalcante, aponta que a proposta, feita na segunda-feira (1º), partiu da preocupação com as aglomerações, que são mais frequentes durante os feriados. "Nos feriados, as pessoas vão para praia, pra balada, e a gente sabe que não é o momento, é preciso conscientização e respeito pela doença", afirma.

Procurado pela reportagem, o Governo do Estado informou que "mantém constante interlocução com os setores produtivos e avalia todas demandas sugeridas, sempre tomando só critérios científicos como base para a tomada de decisões".

Alternativas para contornar efeitos da crise

A ideia é que o comércio possa funcionar normalmente nesses dias, impedindo a perda de 5% do faturamento que cada dia de portas fechadas traz aos estabelecimentos, conforme estima Cavalcante.

Durante o lockdown no ano passado, a Prefeitura antecipou os feriados de Nossa Senhora de Assunção e Corpus Christi para reforçar as medidas de isolamento durante a primeira onda.

"É uma tentativa também de segurar os empregos. No ano passado, a gente teve a suspensão dos contratos de trabalho e redução de jornada, recurso que não estamos tendo agora. Muitos empresários também pegaram empréstimo do Pronamp e precisam pagar as primeiras parcelas agora. Então, as empresas precisam estar dinamizadas", argumenta.

Ele ainda pontua que, até junho, ainda não será possível vacinar um contingente da população suficiente para a volta das atividades e comportamentos como eram antes da pandemia.

Cavalcante também ressalta que, do ponto de vista trabalhista, o adiamento dos feriados não causa nenhum prejuízo, já que as datas vão ser repostas no segundo semestre.

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