O setor de transportes puxou a inflação em 2021 com a maior alta registrada em sete anos. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - a inflação oficial do Brasil – fechou 2021 em 10,06%, segundo divulgou. nesta terça-feira (11), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Nos seis anos anteriores, o índice ficou entre 2,95% (2017) e 6,29% (2016). Somente a taxa de inflação de 2015, com 10,67%, superou o IPCA do ano passado.
O IPCA poderia ficar entre 2,5% e 5,25% para a meta ser oficialmente cumprida pelo sistema vigente. Mesmo tendo desacelerado em dezembro de 2021, a inflação do país no acumulado no ano ficou bem acima do teto da meta para 2021, que era de 5,25%. Quando isso acontece, o Banco Central tem de escrever uma carta pública explicando as razões. Foi a primeira vez desde 2015 que a inflação oficial estourou o limite do sistema de metas.
Os analistas do mercado financeiro estimavam uma inflação de 9,99% em 2021, segundo a última pesquisa Focus do Banco Central. Em 2020, o IPCA foi de 4,52%. Foi também a primeira vez desde 2015 que a inflação ficou acima de 10%.
Além da inflação de dois dígitos, o setor de transportes apresentou a maior variação (21,03%) e o maior impacto (4,19 pontos percentuais) no IPCA do ano.
Na sequência vieram "Habitação" (13,05%), que contribuiu com 2,05 p.p., e "Alimentação e bebidas" (7,94%), com impacto de 1,68 p.p. Juntos, os três grupos responderam por cerca de 79% do IPCA de 2021 o maior impacto (4,19 pontos percentuais) no IPCA do ano. Na sequência vieram "Habitação" (13,05%), que contribuiu com 2,05 p.p., e "Alimentação e bebidas" (7,94%), com impacto de 1,68 p.p. Juntos, os três grupos responderam por cerca de 79% do IPCA de 2021.