A taxa de desemprego caiu de 8% no trimestre terminado em junho para 7,7% no trimestre encerrado em setembro, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (31). O levantamento apontou que esse foi o menor resultado de desocupação dos brasileiros desde fevereiro de 2015, quando a taxa atingiu 7,5%.
De acordo com o IBGE, a taxa de desemprego também foi a menor para trimestres até setembro desde 2014, quando ficou em 6,9%. No trimestre terminado em setembro de 2022, o percentual estava em 8,7%. Já no trimestre encerrado em agosto de 2023, alcançou 7,8%.
Conforme a metodologia do IBGE, são considerados desempregadas as pessoas que estão sem trabalho, mas buscam entrar ou se recolocar no mercado de trabalho.
"A queda da taxa de desocupação foi principalmente impulsionada pela expansão da ocupação. Há mais pessoas na força de trabalho enquadradas como ocupados", avaliou Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em apenas um trimestre, mais 929 mil pessoas passaram a trabalhar, totalizando um recorde de 99,838 milhões de trabalhadores ocupados no País. Ao mesmo tempo, 331 mil brasileiros deixaram o desemprego.
A população desempregada desceu a 8,316 milhões, menor patamar desde maio de 2015. O total de inativos também diminuiu no trimestre, menos 222 mil pessoas nessa condição, totalizando 66,829 milhões fora da força de trabalho.
Renda média real
A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.982 no trimestre encerrado em setembro. O resultado representa alta de 4,2% em relação ao mesmo período do ano anterior.
A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 292,952 bilhões no trimestre até setembro, alta de 5,0% ante igual período do ano anterior.