O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) confirmou, na tarde desta segunda-feira (19), que o apagão ocorrido em vários estados do País foi decorrente, em parte, do aumento da demanda de energia no horário de pico.
Em nota publicada em seu site, o órgão disse ainda que houve "restrições de transferência de energia das regiões norte e nordeste para o sudeste", sem explicar claramente o que isso seria. Não está claro se essas "restrições" significam falhas em linhas de transmissão ou subestações de energia.
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O ONS explicou que essa situação provocou uma queda na "frequência elétrica" do sistema, provocando o desligamento automático de 11 usinas geradoras, das quais oito na região sudeste, duas no Centro-oeste e uma no Sul. Essas usinas produzem no total 2.200 MW. O sistema, que segundo o ONS, opera em frequência de 60 hertz, caiu a 59 hertz, causando a falha.
A usina nuclear de Angra 1, em Angra dos Reis, foi uma das que parou de funcionar. Segundo a Eletronuclear, subsidiária da Eletrobrás que opera a usina, por conta da alteração no padrão de frequência da usina, a unidade foi desligada às 14h49 e até às 18h56 não havia sido religada.
O ONS informou que "visando restabelecer a frequência elétrica às suas condições normais" atuou em conjunto com as distribuidoras das regiões sul, sudeste e centro-oeste, "impactando menos de 5% da carga do sistema".
No chamado Sistema Interligado Nacional (SIN), a energia produzida nas usinas espalhadas por todo o País pode trafegar entre as regiões, com exceção do Norte, que não é interligado. Diariamente volumes grandes de energia produzidos no Nordeste, por exemplo, viajam pelas linhas de transmissão para as regiões sudeste, centro-oeste e sul do País.