Pela 4ª vez seguida, Fed sobe a taxa de juros em 0,75 ponto percentual para combater inflação

Eua enfrentam inflação elevada em razão dos desequilíbrios de oferta e da demanda relacionados à pandemia

O banco central norte-americano, o Federal Reserve (Fed), subiu a taxa básica de juros dos Estados Unidos em 0,75 ponto percentual para tentar combater a inflação. Essa é a quarta vez na qual a entidade aumenta o indicador nesse patamar, totalizando seis altas ao longo do ano. 

O objetivo da medida é conter a atividade econômica por meio da inibição do consumo. Desta forma, pode ocorrer um equilíbrio entre a oferta e a demanda, evitando oscilações de preços.

Conforme o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Fed, os juros subirão para a faixa entre 3,75% e 4,00% ao ano. A decisão não foi unânime e está em linha com as expectativas do mercado.

O Fed ainda elevou taxa de juros paga sobre saldo de reserva para 3,9%, decisão que entra em vigor a partir de amanhã, e a taxa de desconto em 75 pontos-base, para 4,00% ao ano.

Acompanhe as elevações da taxa em 2022:

  • Janeiro: 0;
  • Março: 0,25%;
  • Maio: 0,5%;
  • Junho: 0,75%;
  • Julho: 0,75%;
  • Setembro: 0,75%;
  • Novembro: 0,75%.


Inflação

O Fomc avalia que a inflaçãoEAlém disso, há alta de alimentos, energia e pressões de preços mais amplas. No documento, o Comitê se diz "altamente atento aos riscos inflacionários".

Para o Fed, "a guerra da Rússia contra a Ucrânia está causando enormes dificuldades humanas e econômicas", e os eventos relacionados estão criando uma pressão ascendente adicional sobre a inflação, e estão pesando sobre atividade econômica mundial.

A entidade reafirma estar "fortemente" comprometida em levar a inflação à meta de 2% e, por isso, avalia que aumentos contínuos nos juros serão apropriados para atingir política suficientemente restritiva.

Ao determinar o ritmo de aumentos futuros na faixa-alvo de juros, o Comitê levará em conta o aperto da política monetária, os atrasos com que a política monetária afeta a atividade econômica, a inflação e a evolução econômica e financeira, diz o documento. Além disso, o Fed continuará reduzindo suas participações em Treasuries e MBS (títulos atrelados à hipotecas), que compõe seu balanço patrimonial.