Em março de 2014 foi deflagrada a Operação Lava Jato, considerada pela Polícia Federal como a maior investigação de corrupção da história do país. Com ela, foram expostos esquemas de corrupção envolvendo políticos, doleiros e as maiores construtoras do país – abalando a reputação de todas as instituições envolvidas.
Em função desse impacto, muitas empresas – citadas ou não na operação – têm investido em compliance que nada mais é que o conjunto de disciplinas para fazer cumprir as normas legais e regulamentares, as políticas e as diretrizes estabelecidas para o negócio e para as atividades da instituição ou empresa, bem como evitar, detectar e tratar qualquer desvio ou inconformidade que possa ocorrer.
O professor da Saint Paul Escola de Negócios, Marcos Assi, defende que mais importante que a aplicação dos programas de compliance criminal de lavagem de dinheiro e questões de anticorrupção é o compliance preventivo.
“Em minha humilde opinião, estamos errando o foco. O principal momento é o compliance preventivo, seguido de uma gestão de riscos integrada. Falar somente de lavagem de dinheiro e corrupção, mesmo sendo assuntos tão evidentes após a Operação Lava Jato, é deixar de lado muitos processos de controles e monitoramento sem a devida atenção”, explica Assi.