Ministro diz que Governo não vê necessidade de novos leilões para importação de arroz no momento

Carlos Fávaro afirmou que preço do cereal já está voltando ao normal

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse, nesta quarta-feira (3), que o Governo não vê a necessidade imediata de novos leilões para importação de arroz. Ele ainda destacou a criação de uma nova linha de financiamento, que estimulará a produção de arroz em diversos Estados brasileiros. 

"É mais prudente, já que os preços cederam, que a gente tome outras atitudes de estímulos à produção, mas por ora não se fazem necessários novos leilões de importação [de arroz]", disse o ministro, em entrevista à GloboNews, ao reforçar que, apesar da avaliação atual, o Governo continua com orçamento e está preparado para eventuais novas aquisições do grão.

Fávaro também mencionou a importância da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) na decisão de uma possível intervenção governamental. "Hoje ainda temos reunião com a Federação dos Arrozeiros do Rio Grande do Sul, com a indústria, vamos buscar alguns compromissos com eles de estabilidades de preço, de logística eficiente e eles mesmo podem nos dizer o momento se for necessário alguma intervenção do Governo", disse.

Ele explicou que, apesar das dificuldades enfrentadas, os preços do cereal já estão voltando a níveis normais: "Com a sinalização e a disponibilidade do Governo de comprar arroz importado e abastecer o mercado brasileiro e a volta da normalidade nas estradas, os preços já cederam. Nós temos arroz em algumas regiões do País a 19, 23, 25 reais um pacote de 5 kg o que está dentro da normalidade." No entanto, ressaltou que o Governo monitora os preços do grão de perto para conter eventuais especulações.

Por fim, o ministro destacou a criação de uma nova linha de financiamento para incentivar a produção de arroz. "No Plano Safra, nós vamos lançar uma linha para contratos de opções para estimular a produção de algo em torno de 1 milhão de toneladas de arroz, não só no Rio Grande do Sul, mas em outros estados brasileiros, para que a gente possa ter mais tranquilidade de oferta deste produto essencial do consumo da população brasileira", declarou.