A manga (-11,46%), a goiaba (-5,08%) e a cenoura (-5,01%) estão entre os 25 itens que tiveram alguma redução de custo no mês de abril, em Fortaleza, segundo a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor - Amplo (IPCA). Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Apesar do alívio, a maioria das quedas não recupera totalmente as últimas elevações e tampouco equilibra o impacto da inflação sobre alimentos essenciais. A cenoura, por exemplo, já havia disparado 27,86% em março.
Diante desta realidade, a única alternativa para famílias de faixas de rendas mais baixas foi excluí-la do cardápio para priorizar o básico. No mês anterior, a manga e a banana prata também sofreram altas, de 8,60% e 4,17%, respectivamente.
Outro dado é a redução de 3,44% da energia elétrica em abril, que será sobreposta pelo reajuste de mais de 24%, neste mês de maio, no Ceará. A mudança tarifária entrou em vigor no último dia 22.
Veja tudo que ficou mais barato em abril, em Fortaleza, segundo IPCA:
- Manga: -11,46%
- Goiaba: -5,08%
- Cenoura: -5,01%
- Banana-prata: -3,68%
- Energia elétrica residencial: -3,44%
- Carne de porco: -3,21%
- Conjunto infantil: -2,86%
- Peixe-palombeta: -2,68%
- Refrigerante e água mineral: -2,5%
- Camisa/camiseta infantil: -2,44%
- Hospedagem: -2,3%
- Alcatra: -2,24%
- Peixe-serra: -1,94%
- Móvel infantil: -1,89%
- Chocolate em barra e bombom: -1,85%
- Aparelho telefônico: -1,49%
- Reforma de estofado: -1,4%
- Linguiça: -1,39%
- Manicure: -1,37%
- Artigos de papelaria: -1,27%
- Cheiro-verde: -1,25%
- Combustíveis e energia: -1,16%
- Acessórios e peças: -1,06%
- Lanche: -1,03%
- Picanha: -1,02%
Esses alimentos continuarão mais baratos?
Atualmente, os aumentos generalizados são consequências da pandemia de Covid-19, do custo logístico com a alta dos combustíveis, das condições climáticas, safras, preços das commodities e outros efeitos provocados pela guerra da Rússia contra a Ucrânia.
Economistas projetam uma estabilização do cenário no segundo semestre deste ano. No aspecto da produção agrícola, o analista de mercado da Central de Abastecimento do Ceará (Ceasa), Odálio Girão, também prevê um arrefecimento do custo a partir de junho.
“Com relação aos produtos em queda, podemos citar que a manga irrigada está no mercado com mais frequência e tem uma produção da região do Baixo Jaguaribe, Russas, Baixo Curu, além daquela que vem da Vale do São Francisco, Petrolina, Petrolândia”, listou, destacando que a oferta puxou preços mais baixos.
A cenoura, observou, tende a cair também devido ao abastecimento vindo de Minas Gerais e do Oeste do Brasil. Ele acrescenta que a banana também entrará em nova safra entre junho e junho e deve passar por novas quedas.
O que ficou mais caro em Fortaleza?
A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor - Amplo (IPCA) acelerou para 0,98%, em abril, em Fortaleza. Esse é o maior indicador para o mês desde 2016 (1,02%). No acumulado do ano, o indicador geral atingiu 4,23%.
Veja todos os itens que ficaram mais caros:
- Maracujá: 33,94%
- Óleo diesel: 10,58%
- Óleo de soja: 10,54%
- Táxi: 8,46%
- Óleos e gorduras: 8,06%
- Antialérgico e broncodilatador: 7,91%
- Ovo de galinha: 7,54%
- Serviço oftalmológico: 7,28%
- Seguro voluntário de veículo: 6,53%
- Massa semipreparada: 5,94%
O IPCA calcula a inflação para famílias com rendimentos de 1 a 40 salários mínimos, servindo de referência para as metas de inflação e para as alterações na taxa de juros. Em Fortaleza, os alimentos mais caros para essas pessoas foram:
- Maracujá: 33,94%
- Uva: 3,98%
- Alface: 3,06%
- Mortadela: 2,99%
- Laranja-pera: 2,84%
- Mamão: 2,67%
- Aves e ovos: 2,4%
- Arroz: 2,21%
- Farinhas, féculas e massas: 2,16%
- Cereais, leguminosas e oleaginosas: 2,15%