A venda dos materiais de construção registrou o segundo mês de crescimento consecutivo no Ceará, segundo aponta a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC). Os meses de julho e agosto apontaram elevação de 23,6% e 38,9% nas vendas dos materiais, respectivamente. O crescimento do setor contribuiu para a alta de 9,5% nas vendas do comércio varejista ampliado, que atingiu o maior resultado para o mês de agosto desde o início da série histórica. A pesquisa foi divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (8)
O comércio varejista ampliado corresponde a comercialização de veículos, motos, partes de peças e materiais de construção. De acordo com o IBGE, o índice do Estado foi o 4º maior do país no mês, ficando atrás apenas do Piauí (20,2%), Acre (12,6%) e Sergipe (9,6%). Já entre os estados do Nordeste, o Ceará teve o segundo melhor desempenho do mês.
Confira os 10 primeiros no ranking por estado:
1. Piauí: 20,2%
2. Acre: 12,6%
3. Sergipe: 9,6%
4. Ceará: 9,5%
5. Mato Grosso: 9,4%
6. Rondônia: 7,7%
7. Alagoas: 7,6%
8.Bahia: 7,2%
9. Espírito Santo: 6,5%
10: Goiás: 6,2%
Desempenho
A pesquisa revela que o resultado de agosto deste ano, o Ceará, também registrou o quinto maior desempenho da série histórica, contabilizada desde 2004, em relação a todos os meses e anos. Até o momento, o maior resultado foi o analisado em junho deste ano, quando a pesquisa registrou um crescimento de 36,5% nas vendas do comércio varejista ampliado. Logo em seguida estão: junho de 2020 (36,5%), junho de 2012 (14,7%), julho de 2020 (14,6%), março de 2010 (11,1%) e agosto de 2020 ( 9,5%)
Apesar das perspectivas positivas, de janeiro a agosto, o Estado acumula uma variação negativa de 10,4%, e nos últimos 12 meses, uma queda de 5,7%.
Veja os resultados mês a mês:
- Janeiro: 2,2%
- Fevereiro: -1,7%
- Março: -17,1%
- Abril: -22,8%
- Maio: 2,7%
- Junho: 36,5%
- Julho: 14,6%
- Agosto: 9,5%
Outros segmentos
De acordo com o IBGE, as vendas do varejo em geral registraram um avanço de 7,9% em agosto sobre o mês anterior. O crescimento de julho já foi de 9,1% sobre junho. O resultado teve maior influência das vendas dos materiais para escritório, informática e comunicação, que apresentaram um crescimento de 31,7%.
Outros segmentos que também contribuíram foram: artigos de uso pessoal e doméstico (18,1%), móveis e eletrodomésticos (10,5%), hipermercados e supermercados (7 9,5%), produtos alimentícios, bebidas e fumo (8,1%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (8%) e tecidos, vestuário e calçado (6,7%).
Receita Nominal
Com o resultado de agosto, o varejo ampliado apresentou um avanço na receita nominal de 10,2 % sobre julho, que já havia apresentado avanço de 14,2% sobre junho. No ano, os valores ainda acumulam quedas de 6,6% e nos últimos 12 meses um recuo de 2,4%. Já no varejo normal (sem veículos e material de construção), em agosto, a receita nominal registrou um crescimento de 7,9% e no acumulado de janeiro a agosto, perdas de 7%.