A loja Renner da rua Barão do Rio Branco, no Centro de Fortaleza, encerrou suas operações nessa segunda-feira (29). O aviso do fechamento foi afixado no portão do estabelecimento e chama a atenção dos transeuntes. "Estamos sempre pertinho de você, no site, app ou em uma loja mais próxima", diz o comunicado.
Em nota enviada ao Diário do Nordeste nesta terça-feira (30), a empresa confirmou o encerramento das atividades na unidade. Segundo a varejista, os colaboradores que trabalhavam no local serão realocados nas demais lojas da região.
"A Renner encerrou as operações da unidade localizada no centro de Fortaleza e os clientes continuam sendo atendidos nas demais oito lojas da marca na cidade, bem como nos seus canais digitais. A empresa entende que as aberturas e os fechamentos são movimentos naturais do varejo e segue fazendo uma análise do desempenho das suas operações, como sempre fez, agora levando em conta o fluxo de clientes pós-pandemia", diz a nota.
No início deste mês, a Renner anunciou que decidiu fechar algumas unidades no país devido aos fluxos e custos de operações impactados ainda pela pandemia de Covid-19.
Só no primeiro trimestre deste ano, a empresa fechou 20 unidades no total, sendo 13 da Camicado, quatro da Renner e três da Youcom. "Especificamente no segmento de Home & Decor, a maior participação das vendas através do digital também é fator na avaliação de rentabilidade das unidades", informou a companhia.
Queda nos lucros
A Renner apresentou lucro líquido de R$ 46,8 milhões no primeiro trimestre de 2023, uma queda de 75,6% em relação ao mesmo período de 2022. O Ebitda total ajustado foi de R$ 251,8 milhões, recuo de 34,3% sobre o primeiro trimestre do ano passado.
A empresa pontuou em seu balanço que o Ebitda apresentou retração versus o primeiro trimestre de 2022, "basicamente pelo menor desempenho dos segmentos de varejo e serviços financeiros".
A queda de lucro líquido foi justificada em função da menor geração operacional dos segmentos de varejo e serviços financeiros. "As despesas adicionais de baixa de ativos de R$ 16 milhões (R$ 10,6 milhões líquidos de impostos) também impactaram este resultado", complementou a companhia.
A receita líquida do varejo foi de R$ 2,3 bilhões, alta de 2,2%. Segundo a empresa, a performance do varejo apresentou leve melhora em comparação com o mesmo período do ano passado. "O cenário macroeconômico ainda desafiador, com pressão inflacionária acumulada, além de endividamento das famílias em patamares recordes têm afetado o poder de compra e hábito dos consumidores", ponderou, no release de resultados.