Inflação, Produto Interno Bruto (PIB), poupança, salário. Esses e outros termos permeiam o cotidiano desde o início da formação social. As crianças, portanto, já desenvolvem as próprias percepções sobre aspectos econômicos que as cercam. Mas, afinal, o que os pequenos sabem sobre o assunto?
Nesta reportagem, a Maya, de 7 anos, a Valentina, de 8 anos, e o Marcus Vinícius, de 11 anos, contam ao Diário do Nordeste o que se passa na cabeça da criançada quando o assunto é economia. Já os especialistas mostram como funcionam as engrenagens das pequenas mentes e como orientá-las sobre o tema.
“Existe o dinheiro, mas é para viver também”
Em um futuro não tão distante, Maya de Paula Souza Aboim, de 7 anos, poderá estar no espaço, arremessando o suco preferido para vê-lo formar bolhas comestíveis flutuantes a serem abocanhadas rapidamente.
A estudante, que sonha ser astronauta, fica alvoroçada só de pensar em desafiar a gravidade de tal forma, enquanto simula o momento abrindo a boca exageradamente em seu quarto rosado, no Parque Iracema, em Fortaleza.
Mas quando é convidada pela reportagem a fincar os pés no chão para falar sobre outros assuntos, não se anima, ora, em abandonar o divertido porvir. "Eu não sei o que é economia. Penso que é alguma coisa que eu não entendo", disse.
Mas permitiu, aos poucos, entrecortar as fantasias com temas econômicos a partir das suas experiências. Para esse Dia das Crianças, por exemplo, ainda não escolheu o presente. Talvez, uma assistente virtual guardada numa caixinha de som, mas essa não é a prioridade.
“Prefiro fazer coisas legais com meus pais do que ficar comprando”, contou. Depois, com respostas lacônicas, Maya resumiu o que os adultos já deveriam saber sobre economia.
– De onde vem o dinheiro? Do papel.
– Mas como consegui-lo? Com meus pais.
– E como os seus pais conseguem o dinheiro? Trabalhando.
Maya demonstra já compreender a relação entre tempo, trabalho e renda. “Trabalhar é importante para ganhar dinheiro para ter abrigo, comida, água. Sem essas coisas, corremos riscos, inclusive os mais pobres. Eles não têm nada", observou.
"Quando ela [a pessoa pobre] perde o emprego, não tem como pagar nada", completou o pensamento. Depois, refletiu sobre exageros.
Existe dinheiro, mas é para ter vida também, porque é só para comprar coisas importantes, se não tivesse, perderíamos parte da vida".
A noção de Maya sobre a relação com o dinheiro reflete os aprendizados nos ambientes familiar e escolar. No colégio onde estuda, a metodologia pedagógica adotada é a Waldorf, que preza pelo livre brincar, contato com a natureza e pelas expressões artísticas.
Em casa, os pais, o psicólogo Bruno Aboim, de 37 anos, e a acupunturista Fabíola de Paula, de 44 anos, se dedicam às atividades em família, tirando o foco do consumo e reduzindo o número de telas.
Por exemplo, expressam para a filha que o aniversário é um dia especial não apenas pelos presentes, mas pela oportunidade de celebrar a data com os amigos e com a família.
Os passeios na praça são para correr e andar de skate. Tomar um sorvete pode até fazer parte da programação, mas não é o objetivo. E nada de sair comprando bugigangas por aí.
Enquanto o pai explicava o motivo de evitar o comércio nos espaços públicos, Maya interrompe para acrescentar sua opinião: "Sabe por que eu não quero comprar quando vendem coisas no Lago [Jacarey]? Primeiro, porque não tem nada de mais. Segundo, porque já tenho muitos brinquedos. Terceiro, não vai dar certo mesmo”, enumerou.
Como funciona o botão da economia na “divertida mente”
No filme “Divertida Mente”, da Disney e da Pixar, é possível conhecer de forma lúdica parte do funcionamento do cérebro humano. A trama mergulha na mente de Riley, de 11 anos, mostrando como os sentimentos de alegria, tristeza, medo, raiva e nojo interferem na compreensão do mundo e no armazenamento das memórias, sejam boas ou ruins.
Para entender quais dessas emoções são significativas para uma criança elaborar as recordações ligadas à economia, é necessário conhecer o contexto social de cada uma.
Entretanto, sob o prisma do desenvolvimento cognitivo, um estudo da pesquisadora de psicologia econômica e professora da Universidade de La Frontera, no Chile, Marianela Denegri, concluiu três níveis do pensamento econômico para as faixas etárias. São eles:
- Primitivo (entre 6 e 9 anos): Há uma concepção difusa do mundo econômico e, principalmente, do conceito de lucro. O dinheiro é visto como um instrumento natural de compras, disponível para todos. Já as figuras institucionais (presidente, prefeito, ministros) são interpretadas como pais protetores;
- Subordinado (maiores de 10 anos): Nesta fase, há maior entendimento do conceito econômico básico, incluindo a ideia de lucro e o dinheiro como meio global de troca, mas a compreensão sobre as atribuições do governo ainda são confusas;
- Inferencial ou independente (adolescentes e já adultos): Neste nível, adolescentes já são capazes de compreender os múltiplos determinantes dos problemas e ciclos econômicos, incluindo novas variáveis e atribuindo um papel mais realista ao Estado.
Economia é solidariedade e compartilhamento
A Maria Valentina Sousa da Silva, de 8 anos, mora no bairro Bom Jardim, um dos mais pobres de Fortaleza, mas onde também habitam riqueza cultural e movimentos sociais engajados na resistência e no desenvolvimento da comunidade.
A mãe dela, Cristina Nascimento, de 44 anos, é artesã e líder do coletivo de mulheres atuantes na economia solidária e feminismo, o “Criart”, sediado na casa da família.
Com uma renda de um salário mínimo, a mãe se esforça para pagar uma escola particular no bairro. Nesse contexto familiar, a economia se apresenta à Valentina por meio das experiências de compartilhamento e, em alguns casos, de escassez.
“Economia é economizar, porque não pode comprar tudo. Às vezes, o dinheiro não dá”, definiu, lembrando de quando não pôde adquirir a roupa “cara” das “Meninas Superpoderosas”.
“E também não tem como comprar tudo no cartão de crédito, que não é de graça”, enfatizou, da sua forma, o risco de endividamento.
A inflação também não passou despercebida pela menina. “Já percebi que está tudo ficando caro, como a carne. ‘Por causa’ que veio o vírus da pandemia e ficou assim”, tenta compreender os movimentos inflacionários.
“Tem também o bacon, o chocolate e o leite. Vejo isso indo ao supermercado, pois o preço fica na plaquinha”, listou as altas observadas.
A mãe conta que dialoga constantemente para a filha ser confiante com a sua realidade, mas para também saber lidar com as limitações financeiras. Por isso, incentiva a criatividade para a reutilização, doações de brinquedos, trocas de roupas, de livros e de outros itens entre os moradores, dispensando aquisições desnecessárias.
Assim, Valentina tem aprendido sobre uma economia solidária. Já separou o que não usa mais para presentear outras crianças neste 12 de outubro. Também gosta de acompanhar os sopões organizados pela mãe e admira os atos de generosidade do pai, o escrevente cartorário Cícero Romão da Silva.
"Tem gente que vive na rua. Acho muito triste", observou. Questionada sobre como essa realidade poderia ser diferente, apontou ser necessário todo mundo fazer sua parte.
“Meu pai ajuda com moedinhas no carro. A minha mãe faz um sopão para as pessoas que precisam”, exemplificou. O que a Valentina espera da economia para o futuro?
Um mundo melhor, que as pessoas melhorem e ajudem mais quem está na rua, dando um pouco de alimento”.
A mãe pondera, no entanto, ensinar à filha que, apesar de poder contribuir de alguma forma, as melhorias das condições econômicas não estão condicionadas somente a doações, mas envolvem políticas públicas para o acesso à educação e saúde de qualidade, entre outras questões.
O que as crianças já são capazes de entender sobre economia?
A professora do departamento de Psicologia da Universidade Federal do Ceará (UFC) e coordenadora do Núcleo Cearense de Estudos e Pesquisas sobre a Criança (Nucepec), Andréa Filgueiras Cordeiro, descreve que a faixa etária de 7 a 11 anos é caracterizada pelo estágio denominado operatório concreto, conforme definição do psicólogo Jean Piaget.
Nesta etapa, acrescenta, os pequenos dominam a capacidade de raciocínio lógico, sendo capazes de realizar induções e deduções.
“Contudo, essas operações lógicas estariam ainda embasadas nas informações que as crianças possuem sobre a realidade, elas raciocinam a partir de dados e conhecimentos que trazem e construíram a partir do mundo concreto”, analisa.
Por volta dos 11 ou 12 anos — e aqui é preciso reconhecer haver muitas variações em função das realidades e experiências de cada criança/adolescente — haveria a passagem para um novo estágio, o operatório formal”, diferencia.
Neste novo momento, explica a especialista, o adolescente consegue pensar de forma hipotética e começa a operar não apenas a partir de situações concretas, mas da consideração de variáveis.
Conforme a professora, neste patamar de raciocínio, há um maior poder de generalização e a competência de analisar pensamentos em rede, fugindo do pensamento linear.
Os valores que não cabem nas planilhas de finanças
O futuro cientista Marcus Vinícius de Paula Alencar, de 11 anos, tem uma dezena de medalhas pelo alto desempenho na escola particular onde estuda, na Barra do Ceará, em Fortaleza. “Essa foi de matemática, essa de redação…”, contabilizou, enquanto sobrepunha cada uma na mão.
Mas não para por aí. Diariamente, ele também domina – sem perceber – questões complexas fora do pódio do colégio, como a distribuição de renda, o consumo consciente e a redução de custos.
Há um ano e sete meses, o pré-adolescente aprendeu a dividir o salário da mãe, a educadora física Giselle de Paula, de 44 anos, com a irmã que acabara de chegar. Naquele período, o pai, Marcos Teófilo, de 48 anos, instrutor de autoescola, ficara desempregado.
A situação exigira readequações do orçamento. Atualmente, mesmo com o pai de volta ao mercado de trabalho, algumas economias precisam ser mantidas. A decisão sobre comprar algo, incluindo os presentes de datas especiais, passou a ser ainda mais cautelosa.
“No meu aniversário, ganhei um celular, mas, antes, pesquisamos em várias lojas para achar o mais barato”, lembrou. O contexto econômico também mexeu com a rotina do pré-adolescente, que teve de sair do ensino integral para os pais acomodarem duas mensalidades escolares às finanças.
Mas o estudante logo se acostumou, afinal, ganhou a companhia de uma “irmã muito legal”, como descreveu. Essas vivências e os diálogos com os pais o ensinaram sobre os valores que não entram nas planilhas financeiras da família.
Marcus compreende, contudo, a necessidade do dinheiro na sociedade moderna, mas acredita poder utilizá-lo apenas quando é indispensável e/ou importante. Por exemplo, para que comprar jogos online se há opções gratuitas disponíveis? Por que gastar tanto para encontrar novos adesivos para o álbum da Copa do Mundo se há maneiras de reaproveitá-los?
É tão simples, explicou: “Compra alguns pacotinhos e troca as figurinhas repetidas. Eu já troquei com colegas e com a minha família”, exemplificou. “Tem muita gente que compra demais e acaba sobrando pouco dinheiro, tem gente que economiza para, no fim, poder fazer outra coisa”, refletiu sobre o consumismo.
Algumas diversões, porém, nem sempre estarão acessíveis para todos, por maior que seja o esforço, como o tão sonhado bloco de montar da série Harry Potter. “Eu sou muito fã [do personagem], só que é muito caro”, calculou.
Tem ainda a tal da inflação, que Marcus não ainda sabia como nomeá-la, mas já conhecia muito bem. “Eu percebo que está tudo caro quando minha mãe ou o meu pai vai comprar o leite da minha irmã e o meu achocolatado em pó”, notou.
Ele ponderou, todavia, que os “mais pobres, aqueles que não têm dinheiro para comprar as coisas que precisam”, sofrem ainda mais com o aumento de preços.
“Eu espero que o dinheiro fique melhor, que os preços baixem e fique tudo acessível para todos, como a comida. E o emprego também, pois é muito importante para as pessoas terem renda e levarem comida para casa”, desejou.
Afinal, o que as crianças deveriam ou não saber sobre economia?
A coordenadora do Núcleo Cearense de Estudos e Pesquisas sobre a Criança (Nucepec) da UFC, Andréa Filgueiras Cordeiro, mostra como os pensamentos econômicos citados acima, com base no estudo da pesquisadora Denegri, podem ser um balizador para a família decidir como e quando abordar os assuntos:
- Primitivo (entre 6 e 9 anos): “Nesse nível, me vem a famosa imagem da criança, na loja de brinquedos, atormentando os pais pedindo uma boneca ou um carro que viu na vitrine. Talvez, não seja tão simples compreender que os pais não possuem o recurso suficiente para adquirir o tal brinquedo. Por isso, muitas vezes, os pais recorrem ao famoso ‘na volta a gente compra’, uma saída de fuga para os insistentes pedidos infantis”;
- Subordinado (maiores de 10 anos): “Já no nível II, as crianças começam a apresentar um maior amadurecimento cognitivo, sendo um bom momento para iniciarmos uma educação mais formalizada e diretiva, tentando esclarecer como funciona a estrutura econômica em um país. Sua compreensão é mais clara, mas podem surgir dúvidas e questões que poderiam ser supridas por uma orientação dirigida ao tema. Seria um momento bem propício de dar maior autonomia na gestão do dinheiro, dando-lhes mais liberdade de gerenciar sua mesada, se o orçamento familiar assim o permitir”;
- Inferencial ou independente (adolescentes e já adultos): “No nível III, valeria trazer aos jovens oportunidades de se preparem para a efetiva entrada no mercado de trabalho, oferecendo-lhes ferramentas para compreender e operar economicamente no mundo social. Poderíamos pensar em trabalhar temas como empreendedorismo, orientação profissional, entre outros”.
Problemas financeiros forjam a percepção de economia de crianças e de adolescentes
Andréa Filgueiras Cordeiro destaca que, na teoria da Epistemologia Genética, Piaget afirma que o conhecimento é construído a partir do confronto com uma situação desafiadora.
Conforme o autor, relembra Cordeiro, esses desafios cognitivos levam as pessoas a um estado de desequilíbrio que mobiliza a ação na tentativa de superação.
“Assim, crianças que vivenciam situações que trazem a economia para perto dela – seja porque recebem uma mesada e são livres para gerenciar esse recurso, ou, no extremo das necessidades socioeconômicas, porque são obrigadas a um ingresso precoce e ilegal no mercado de trabalho – acabariam por desenvolver conhecimentos. Se não econômicos, ao menos de como lidar com o dinheiro”, avalia.
A psicóloga pondera que a orientação dos pais e demais membros da família, questões como nível socioeconômico e a estabilidade econômica do país também impactam essas vivências.
“Lidar com a perda de poder aquisitivo dos valores a que têm acesso em função da inflação, por exemplo, ilustra o que quero dizer. Se no início do mês eu compro um chocolate com x reais, por que, ao fim do mês, esse mesmo valor já não é mais suficiente para adquirir o doce?", aponta.
"Situações como essa podem levar as crianças a considerarem questões econômicas como problemas cotidianos e significativos para elas”, completa.
Compreensão sobre a economia previne o consumismo infantil
A coordenadora do programa Criança e Consumo do Instituto Alana, Maria Mello, lembra que o "Dia das Crianças", comemorado em 12 de outubro no Brasil, deve não apenas celebrar, mas conscientizar sobre os diretos humanos dessa população.
Contudo, a data é capturada pelo mercado, com publicidades direcionadas para o público infantil para incentivar o consumo. Somente neste ano, o evento deve movimentar cerca de R$ 13,7 bilhões, conforme previsão da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop).
Se por um lado os valores movimentam o mercado de trabalho com vagas temporárias, do outro, deve-se ter cuidado com abusos publicitários contra esse público vulnerável.
“Muitas empresas usam o mês todo para ampliar suas margens de lucro. O pior de tudo é fazendo isso falando diretamente com as crianças para elas consumirem. Essa prática é proibida por lei no Brasil”, aponta Maria Mello.
Não estamos falando sobre publicidade de produtos infantis. Achamos absolutamente legítimo que haja publicidade sobre esses produtos, mas elas não podem, em função do momento de hipervulnerabilidade de desenvolvimento em que as crianças não podem reagir em relação ao estímulo e ao consumo, serem direcionadas diretamente a elas”, esclarece.
Mello reforça que as crianças ainda não têm o cérebro completamente formado para identificar uma propaganda, a depender da idade.
O consumismo infantil pode provocar obesidade, erotização precoce, consumo prematuro de tabaco e álcool, estresse familiar, banalização da agressividade e violência
"Sempre falamos sobre a ilegalidade e abusividade da exploração comercial e da publicidade infantil. Esse 'Dia das Crianças' precisa ser para a gente lembrar que ser vale mais do que ter e para evitar essa ideia de uma data voltada ao consumo”, enfatiza.
Educação financeira deve ser discutida em casa e na escola
A coordenadora do programa Criança e Consumo do Instituto Alana, Maria Mello, acrescenta que as crianças e os adolescentes não estão livre do assédio comercial em nenhum espaço, sobretudo, na internet.
Entretanto, pondera que o ambiente virtual pode ser utilizado para auxiliar no processo de desenvolvimento, mas de uma forma que garanta a proteção desse público.
Ela defende, portanto, um letramento digital das famílias para ficarem atentas ao que é consumido nas redes sociais e em outras plataformas.
"O dinheiro e o consumo fazem parte do dia a dia das crianças. É muito difícil querer que elas fiquem distantes dessa realidade. Além do fato delas serem alvo de publicidade e de apelos de consumo, a relação com o capital está presente. Então, é importante falar sobre educação financeira, adequando a linguagem e o grau de entendimento sobre determinado tema”, orienta.
A professora do departamento de Psicologia da Universidade Federal do Ceará (UFC) e coordenadora do Núcleo Cearense de Estudos e Pesquisas sobre a Criança (Nucepec), Andréa Filgueiras Cordeiro, reitera que a educação financeira é essencial para se contrapor ao bombardeio publicitário.
“Cabe à família uma ação nesse sentido, demonstrando às crianças que o poder aquisitivo encontra limites no plano macroeconômico e no alcance do ganho salarial da família. A faixa de sete anos seria, se pensarmos a partir do Piaget, o momento em que elas já são capazes de processar questões matemáticas necessárias ao entendimento do sentido de valor, poupança, lucro, oferta e demanda”, destaca.
Na medida em que amadurecessem cognitivamente e dominam esses parâmetros, sugere a especialista, os jovens poderiam ser apresentados à importância do Estado como regulador da economia e todo o processo envolvido nesse plano ampliado.
“Poderíamos, em paralelo à família, investir na inclusão da educação financeira nos currículos escolares. Penso que tratar de temas econômicos e financeiros nas escolas poderia trazer aos alunos uma maior autonomia em suas vivências cotidianas e, ao mesmo tempo, aproximar os conteúdos acadêmicos do cotidiano desses sujeitos”, finaliza.