Dia dos Namorados deve ter menos consumidores dispostos a gastar com presente neste ano

O ticket médio será de R$ 290 para as compras de presentes para a data, conforme estudo divulgado

Em Fortaleza, caiu o percentual de consumidores dispostos a investir em presentes para o Dia dos Namorados em 2023 do que em 2022, segundo pesquisa do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Ceará (IPDC).

O estudo foi divulgado nesta quinta-feira (1º) pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Ceará (Fecomércio-CE).

Para o levantamento, foram ouvidas 900 pessoas na Capital. Destas, 41,1% pretendem ir às compras no período. No ano passado, contudo, o percentual registrado foi de 46,8%, totalizando queda de 5,7 pontos percentuais das intenções.

A estimativa é que a data movimente R$ 210 milhões este ano, enquanto o montante contabilizado em 2022 foi R$ 218 milhões. 

Segundo o estudo, a diminuição no índice está ligada ao atual contexto econômico. Dentre os fatores, estão o nível de endividamento elevado, comprometendo a capacidade financeira das pessoas, reduzindo sua disposição para gastar em datas comemorativas.

O pagamento de juros e o esforço para quitar compromissos financeiros pendentes também estão contendo o consumo. “A instabilidade do mercado de trabalho também acaba influenciando na intenção de compra e gerando insegurança financeira”, diz o levantamento.

“Diante dessa indefinição, os consumidores preferem adiar ou reduzir seus gastos e essa atitude de precaução contribui para a diminuição da demanda e, consequentemente, para a queda no faturamento projetado, especialmente em datas comemorativas”, complementa. 

Então, quem vai às compras no Dia dos Namorados?

Os homens (48,8%) de 21 e 35 anos (48,2%) e com renda média mensal entre cinco e dez salários-mínimos (62,2%) são os que devem desembolsar pelo presente. Além disso, 46,7% pretendem comemorar a data em restaurantes (31,1%), barracas de praia e clubes (17,7%) e cinemas (5,1%).

O consumidor pretende gastar, em média, R$ 290 com as compras de presentes, com maior potencial no grupo do gênero masculino (com gasto médio total de R$ 331), com idade acima de 36 anos (R$ 306) e com renda média mensal familiar entre cinco e dez salários-mínimos (R$ 326).

Quanto à forma de pagamento, há o predomínio da intenção de pagamento à vista (com dinheiro, PIX ou cartão de débito), com 56,3% das respostas, seguido do uso do cartão de crédito (43,6%). 

Quais itens devem ser mais vendidos?

Conforme a pesquisa, a intenção de compra se concentra nos chamados bens de consumo semiduráveis, com destaque para os produtos de uso pessoal. São eles:

  • Itens de vestuário e acessórios (30,4%); 
  • Perfumaria e cosméticos (21,9%);
  • Bombons, chocolates e trufas (10,8%);
  • Sapatos, cintos e bolsas (10,0%);
  • Flores (9,2%).

O comércio eletrônico também foi citado por 11,8% dos entrevistados, com procura por calçados, artigos de vestuário, livros, cosméticos e itens de perfumaria.

Quanto aos locais de compra, os shopping centers foram os mais citados, com 50,1% de resposta, seguido dos Centros Comerciais (19,1%) e das Lojas de Rua (17,0%).

Apesar de a maior parte (46,4%) dos consumidores não possuir data específica para as compras, parcela expressiva da movimentação poderá ser observada nos últimos dias da semana, com o sábado (32,1%), domingo (10,2%) e sexta-feira (8,7%).