A Hostweb, empresa de soluções em Tecnologia da Informação (TI) sediada em Fortaleza, anunciou que vai expandir o data center da capital cearense. Segundo João Victor Moreira, diretor de tecnologia da companhia, o espaço terá a capacidade triplicada até 2025.
Em visita na manhã desta quinta-feira (10) ao data center da empresa, localizada no bairro Serrinha, executivos da Hostweb apresentaram o espaço à imprensa. João Victor Moreira e Daniel Aguiar, diretor comercial da companhia, informaram que o local opera atualmente com 1/6 da capacidade, aproximadamente 17% do total.
Até o ano que vem, o data center será ampliado, e passará a funcionar com metade da capacidade total do espaço. Em relação ao que já está instalado, serão mais 2/6 em equipamentos de processamento e armazenamento de dados, triplicando a medida existente.
A ampliação da estrutura, contudo, não demandará novas edificações. Isso porque o prédio do data center na Serrinha já foi construído prevendo expansões. Há ainda outro espaço dentro do mesmo empreendimento que corresponde a 3/6 da capacidade instalada do equipamento.
Quando houver uma nova extensão, esse local será responsável por fazer com que a Hostweb atinja 100% da capacidade do data center de Fortaleza.
"O investimento dos últimos anos projetado é de R$ 100 milhões. O que foi feito e já está previsto, incluindo expansão e equipamentos que estamos adicionando, como de TI", pontua Wladimir Soares, CEO da Hostweb.
A expansão do data center de Fortaleza da empresa e os valores já haviam sido revelados pelo colunista Victor Ximenes do Diário do Nordeste. Até o momento, já foram investidos R$ 50 milhões.
Data center não é o foco da Hostweb, dizem executivos
Apesar de um investimento alto, desenvolver tecnologias de centro de processamento de dados não é a prioridade da empresa. Wladimir Soares detalha que o data center não é o serviço primário da Hostweb.
"Nosso serviço principal é serviço de TI em toda a sua extensão. Planos de continuidade, projetos de extensão. Trazemos a infraestrutura de TI para dentro da empresa e faço a gestão, enquanto o cliente vai cuidar do negócio. Nosso diferencial é esse", expõe.
Além de data centers, a empresa trabalha com cibersegurança, computação em nuvem, recuperação de desastres (Disaster Recovery), backup, entre outros. O CEO da Hostweb pondera que é, no fim das contas, ter um centro de processamento de dados é vender energia para o consumidor que quer hospedar as informações.
A Hostweb é uma empresa de nuvem que tem um data center. Não somos especificamente uma empresa de data center, pois o data center tem um valor agregado baixo. A gente está vendendo energia, no final das contas. Tem toda a estrutura de manutenção, mas o insumo maior é energia. No serviço de nuvem, não. A gente está vendendo inteligência e tecnologia efetiva.
Um dos pontos defendidos por Wladimir Soares para a expansão do data center e a localização, em uma região mais alta da cidade, é de que contribuem para reduzir a latência (velocidade da informação digital). Mesmo assim, não é um negócio tão atrativo do ponto de vista do lucro.
"A latência é uma característica técnica importante para o funcionamento do serviço, mas pensando do enfoque de geração de riqueza para o Estado, poucas empresas vão trabalhar em manter datas centers porque são instalações de engenharia. Tem que ter ar-condicionado funcionando, engenharia o tempo todo e sempre ligado. A riqueza está na outra face, que os outros data centers não fazem, no serviço de TI, na nuvem completa".
O data center de Fortaleza é o primeiro próprio da Hostweb. A empresa ainda mantém uma estrutura em Maracanaú, alugada de outra companhia especializada em construir empreendimentos do tipo.
"Nosso serviço expande a estrutura física. Aqui, é só um meio para agregarmos mais serviços. Outros players que têm no mercado local comercializam somente o espaço físico. Isso gera pouca riqueza. Nosso serviço que a gente consegue agregar no final do dia é a prestação da tecnologia para os clientes", frisa João Victor Moreira.