Contratação de mais estrangeiros 'não procede'

Diante dos incidentes ocorridos ao longo da paralisação das obras da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), que chega hoje ao 23º dia, uma fonte do meio político informou que a Posco Engenharia e Construção do Brasil (PEC) - responsável pela obra - estaria planejando aumentar a proporção de trabalhadores coreanos no local, reduzindo o número de brasileiros.

A CSP, contudo, afirma que esse tipo de mudança no quadro de funcionários "não procede". Por meio da assessoria de imprensa, a siderúrgica afirmou, na noite de ontem, que a PEC não repassou à direção da usina nenhuma informação sobre a possível alteração.

Atualmente, o empreendimento conta com 8.189 trabalhadores no canteiro de obras, dos quais 7.416 são brasileiros, 746, coreanos e outros 27 são de outras nacionalidades. Para o pico de construção da obra, são previstos 23 mil empregos diretos e indiretos. Na fase de operação, o número deve chegar a 4 mil contratações diretas e outros 10 mil empregos indiretos.

A CSP afirma que a greve é "abusiva e ilegal por não cumprir nenhum dos requisitos da lei de greve No. 7783/89 e também por não ter havido notificação prévia por parte do sindicato". Já a assessoria do Sindicato da Construção Civil da Região Metropolitana de Fortaleza (STICCRMF) afirmou nesta semana que o diálogo foi interrompido após o sindicato patronal sair da mesa de negociação.

Durante manifestação dos trabalhadores, na última quinta-feira, três carros da usina siderúrgica foram queimados e mais de dez veículos foram depredados, incluindo um carro autobomba-tanque (de maior porte) do Corpo de Bombeiros.