O preço dos combustíveis pode ter novas altas em razão da tensão entre Rússia e Ucrânia. Importante produtora de petróleo, a Rússia está reduzindo a oferta de combustível no mercado internacional devido ao conflito, o que pode encarecer os preços.
Como a Política de Paridade Internacional (PPI) da Petrobras acompanha as variações dos preços no mercado internacional e repassa as instabilidades ao consumidor, de acordo com o consultor na área de petróleo e gás, Bruno Iughetti, é possível que essa pressão chegue em breve ao bolso dos consumidores.
O especialista explica que a Ucrânia é fortemente dependente do petróleo e do gás natural produzidos pela Rússia. E, com o conflito, os russos estão diminuindo a oferta e a produção.
Por ser uma commoditie, o preço geral dos barris de petróleo é puxado para cima. Nesta terça-feira (22), esse valor chegou a alcançar os US$ 96.
Mesmo não sendo um grande importador do petróleo russo, o Brasil sofre por tabela com a oscilação. Iughetti estima que o barril de petróleo ainda pode bater a casa dos US$ 100.
Consequências nas bombas
Diversos fatores influenciam o preço final na bomba, incluindo o câmbio, carga tributária e a margem de lucro dos postos de gasolina. Portanto, é difícil prever com exatidão qual será o comportamento da gasolina.
O Ceará, o Brasil e boa parte dos países também podem acabar sofrendo com o abastecimento de produtos industrializados oriundos da Europa.
O presidente da Câmara Setorial de Comércio Exterior do Ceará, Hermes Monteiro, detalha que os países europeus são dependentes energeticamente da Rússia, especialmente em relação ao petróleo e gás.
Caso o conflito se concretize, esse fornecimento pode ser cortado, comprometendo a produção da indústria europeia.